Brasil passeia contra Nova Zelândia com show de defesa e festeja volta de Nenê

A seleção masculina de basquete do Brasil deu a largada em seus amistosos de preparação para os Jogos de Londres com uma folgada vitória por 73 a 49 sobre a Nova Zelândia, na abertura do Torneio Eletrobras, em São Carlos. Na partida, apesar das baixas e do revezamento intenso com o banco, a equipe de […]

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A seleção masculina de basquete do Brasil deu a largada em seus amistosos de preparação para os Jogos de Londres com uma folgada vitória por 73 a 49 sobre a Nova Zelândia, na abertura do Torneio Eletrobras, em São Carlos. Na partida, apesar das baixas e do revezamento intenso com o banco, a equipe de Rubén Magnano mostrou um dos enfoques do início de preparação olímpica, com a marcação pressão na saída de bola adversária, na quadra de ataque, além de aplicação obsessiva na defesa de seu garrafão.

Diante de pouco mais de 2 mil torcedores no ginásio Milton Olaio Filho, a seleção mostrou segurança contra um adversário frágil, de alguns erros grotescos e baixo aproveitamento dos arremessos de quadra. Os brasileiros cansaram de desarmar os rivais debaixo da cesta de defesa, nos lances mais aplaudidos pelo público.

Individualmente, a grande atração da partida foi Nenê, filho de São Carlos, que marcou sua volta à seleção brasileira após longa ausência e polêmicas justamente na cidade onde começou no basquete. E foi logo com um toco no primeiro quarto que o pivô levantou a plateia de conterrâneos. O jogador do Washington Wizards terminou a partida com nove pontos, com direito a uma enterrada nos últimos minutos, além de cinco rebotes e dois tocos.

“Eu senti um nervosismo, é muita emoção jogar na minha terrinha e eu tive um frio na barriga, mas a volta foi boa”, afirmou o pivô após a partida.

A baixa de última hora na partida foi o armador Leandrinho, que foi preservado em razão da falta de seguro internacional. A CBB (Confederação Brasileira de Basquete) alega dificuldades para cumprir o protocolo porque o atleta é agente livre na NBA, ou seja, sem vínculo atual com nenhuma equipe da liga americana.

Penúltimo jogador a se apresentar à seleção, depois de participar dos playoffs da NBA e de ver o nascimento do primeiro filho, o pivô Tiago Splitter também foi poupado no compromisso com os neozelandeses. Marcelinho Huertas, que se juntou ao time semana passada após ser campeão espanhol com o Barcelona, também ficou fora.

Com este cenário, Magnano começou a partida com Raulzinho, Alex, Marquinhos, Nenê e Guilherme Giovannoni no quinteto inicial. No entanto, o treinador promoveu bastante rodízio na equipe e fez quase todos do banco jogarem, inclusive o trio da equipe B que disputou o Sul-Americano na última semana (Nezinho, Benite e Augusto).

Mesmo com diversas formações em quadra, a equipe da casa dominou as ações e teve o ala Marquinhos, cestinha da seleção brasileira com 14 pontos, e o armador Raulzinho como destaques da noite.

A partida também marcou a estreia do armador norte-americano naturalizado brasileiro Larry Taylor, que carregou a camisa sete às costas.

Após a partida, a defesa brasileira, que restringiu os adversários a apenas 16 pontos no primeiro tempo, foi destacada.

“A gente sabia que os grandões chutavam de fora. Magnano falou para a gente deixar e prestar atenção no garrafão. Acabou funcionando”, elogiou Nenê.

Antes da vitória brasileira, no primeiro jogo da rodada dupla em São Carlos, a Grécia passou com dificuldades pela Nigéria por 88 a 76, em partida que teve a torcida local se esforçando para empurrar a equipe africana.

A seleção de Rubén Magnano volta à quadra pelo Torneio Eletrobras nesta quarta-feira, às 21h30, em compromisso contra a Nigéria. A segunda rodada ainda terá o duelo entre Grécia e Nova Zelândia [as três equipes estrangeiras convidadas brigarão pelas vagas restantes em Londres através de um Pré-Olímpico mundial em julho].

O torneio em São Carlos dá a largada na série de amistosos de preparação para os Jogos Olímpicos. Depois do quadrangular no interior paulista, a equipe de Magnano participa de testes em Foz do Iguaçu, Estados Unidos e França.

 

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