Brasil e China fecham acordo de swap em moeda local

O Brasil e a China, seu maior parceiro comercial, decidiram criar um mecanismo bilateral de swap de moeda local entre seus bancos centrais para facilitar a tomada de crédito para investimentos dos dois países. O acerto ocorreu em reunião entre a presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, nesta quinta-feira. Foram assinadas, na […]

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O Brasil e a China, seu maior parceiro comercial, decidiram criar um mecanismo bilateral de swap de moeda local entre seus bancos centrais para facilitar a tomada de crédito para investimentos dos dois países.

O acerto ocorreu em reunião entre a presidente Dilma Rousseff e o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, nesta quinta-feira. Foram assinadas, na ocasião, diversas iniciativas para uma cooperação mais estreita entre os dois países de olho em incrementar o comércio e os investimentos.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, explicou que a operação terá os valores máximos equivalentes de 60 bilhões de reais para os chineses e de 190 bilhões de iuanes para os brasileiros.

Segundo ele, esse valor poderá ser sacado pelos dois países de seus respectivos bancos centrais.

O objetivo, ainda de acordo com Mantega, é tornar esse mecanismo de swap um contraponto às dificuldades de financiamento que ocorrem neste momento de turbulência no exterior.

“Com a falta de crédito internacional, teremos crédito para apoiar as nossas transações”, disse Mantega, afirmando que o mecanismo deve entrar em vigor nas próximas semanas.

O ministro afirmou também que, dependendo do caso, os swaps de moeda local poderão ser convertidos em dólar.

Essa parceria creditícia entre Brasil e China ocorre em um momento em que o governo da presidente Dilma Rousseff tenta diversificar as exportações de bens manufaturados e não ficar limitado à venda, em grande parte, de commodities.

“O mercado chinês se transformará em um dos grandes mercados consumidores do mundo e poderá consumir além de commodities brasileiras, produtos manufaturados”, afirmou o ministro da Fazenda.

Estímulo ao consumo

Mantega aproveitou ainda o anúncio dos detalhes do acordo para afirmar que o governo não está pensando em prorrogar a redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) para a linha branca.

Ele estimulou os consumidores a aproveitar os últimos dias da redução do tributo, que acaba em 30 de junho.

O benefício abrange móveis, fogões de cozinha, refrigeradores, lavadoras de roupa, tanquinho e itens de decoração.

 

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