Após matéria do Midiamax, outra mãe denuncia abusos de professor de karatê

Mãe só descobriu o fato ao marcar consulta para menina de onze anos na ginecologista, que ficou desesperada e contou os abusos que sofria

Após o Midiamax relatar o caso de um professor de Educação Física, que ministra aulas de Karatê e é investigado pela Polícia Civil como suspeito de ter abusado sexualmente de uma adolescente de 15 anos, outra mãe revoltada entrou em contato com a equipe de reportagem, denunciando o mesmo fato.

”Nossa, quando li a matéria veio na memória tudo o que aconteceu com a minha filha. Ela foi abusada pelo M. de S. N., 34 anos, dos 11 aos 13 anos de idade. Eu só descobri o fato porque percebi que ela ficou assustada. Mas o auge foi quando falei a ela que tinha marcado ginecologista e a menina entrou em desespero”, conta E.M. de S. R., 37 anos.

A mãe conta que a menina começou a lutar karatê e permanecia lá porque estava participando de campeonatos e recebendo medalhas. “Ele (o professor) também dá aulas em escolas e sempre levava as alunas com potencial para treinar com os pequenos. Na volta para a academia, em uma destas ocasiões, o professor levou a minha filha para uma sala e cometeu os abusos”, diz revoltada a mãe.

A desculpa, assim como da outra adolescente, era de tirar medidas para saber o desenvolvimento ósseo das crianças. “Quando estava sozinho com minha filha, ele pediu para ela se despir e vendou os olhos da menina. Ele então passou a mão nela e cometeu outros abusos, assustando a menina e fazendo-a pensar que é ela quem tem mente suja, que aquele é o trabalho dele e que aquilo não tem nada de anormal”, fala indignada a mãe.

Segundo a mãe, a menina ainda perguntou ao sansei (modo no qual o professor era chamado) se poderia contar o que aconteceu na academia em casa. “Ele falou a minha filha que não era pra ela contar nada, porque eu faria escândalo, poderia acabar com a academia dele e que isso teria conseqüências”, diz a mãe ao Midiamax.

Desde então a menina mudou e permanece assustada, diz a mãe. “Ela ficou tão estranha que tive de levar ela ao psicólogo. Precisava passar por um médico primeiro e falei a ela que iria levá-la ao ginecologista, porque ela já tinha 13 anos e nunca tinha ido. A menina entrou em desespero e então me contou o fato. Agora ela passa por tratamento e a própria psicóloga diz que quer prestar depoimento”, conta a mãe.

A menina deu detalhes sobre o fato e com isso a mãe registrou o boletim de ocorrência na Depca (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente), seis dias após ela ter descoberto os abusos. A polícia já possui a identificação do professor, que diz ser proprietário de duas academias, e o intimará para prestar depoimento.