47 armas somem e Exército manda prender todos os militares de quartel em SC

Todos os militares em serviço no quartel do 62º BI (Batalhão de Infantaria), em Joinville (194 km de Florianópolis), estão detidos por ordem do comandante, enquanto um inquérito policial-militar (IPM) investiga o sumiço de 47 armas. Um cabo e um soldado foram presos. Equipes já realizaram uma busca no quartel e recuperaram 11 delas. Os […]

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Todos os militares em serviço no quartel do 62º BI (Batalhão de Infantaria), em Joinville (194 km de Florianópolis), estão detidos por ordem do comandante, enquanto um inquérito policial-militar (IPM) investiga o sumiço de 47 armas. Um cabo e um soldado foram presos.

Equipes já realizaram uma busca no quartel e recuperaram 11 delas. Os oficiais suspeitam que encarregados de guardarem as armas tenham escondido algumas lá dentro, para depois tentar retirá-las.

O desaparecimento das armas, resultado de apreensões na região, foi percebido em 25 de setembro. Cerca de 600 militares compõem a guarnição, comandada pelo tenente-coronel Ronaldo Navarro, que, no mesmo dia, ordenou a detenção de todo o pessoal. Eles permanecem com sua rotina interna, mas estão impedidos de sair.

Depois das primeiras notícias na imprensa, o comando permitiu saída em rodízio de grupos de soldados. Nesta quarta-feira (3), cerca de 50 deles puderam sair às 8h para resolver assuntos particulares. Na saída, todos passaram por revista.

Receptadores civis

Em Florianópolis, o coronel Pedro Carolo, comandante da 14ª Brigada de Infantaria, ao qual está subordinado o 62º BI, disse que “um cabo e um soldado já foram identificados e presos”, como parte de um esquema que envolveria civis como receptadores.

Ele não quis dar detalhes do IPM, que está sendo conduzido pela 5ª Circunscrição Judiciária Militar de Curitiba. O aquartelamento forçado dos militares surpreendeu a cidade, onde o 62º BI tem importância histórica.

Equipes de policiais militares foram à casa de muitos deles para convocá-los. Familiares relataram casos de praças sendo tirados de casa na madrugada – e desde 25 de setembro impedidos de voltar, mesmo nos dias de folga.

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