Zé Elias deixa prisão e aguarda reencontro com os filhos

O ex-volante do Corinthians Zé Elias foi liberado por volta das 15h30 da carceragem do 33º Distrito Policial (Pirituba), na zona norte de São Paulo. Bem-humorado, ele conversou com os repórteres presentes à delegacia e disse que o que mais quer neste momento é o carinho dos filhos. “Não tem preço um beijo no seu filho”, disse.

Ao ser perguntado sobre a possibilidade de comemorar a liberdade com uma partida de futebol, Zé Elias se disse impossibilitado de fazer qualquer prática esportiva por problemas de saúde. O ex-jogador afirmou que tem duas vértebras fraturadas e sofre de um princípio de osteoporose na coluna, que o impedem de fazer exercícios.

Zé Elias se entregou à polícia em cumprimento a um mandado de prisão expedido em julho de 2010 pela 12ª Vara Cível de São Paulo, pelo não pagamento de pensão alimentícia à ex-mulher. Durante os 29 dias em que esteve preso, o ex-jogador teve negado um pedido de habeas-corpus que sua defesa havia feito para libertá-lo. Nesta sexta-feira, o juiz Ricardo Pereira Júnior autorizou a sua liberação antes do término do prazo de 30 dias da prisão temporária, que se encerraria no próximo sábado.

O ex-jogador negou que tenha cometido alguma ilegalidade. “Eu não fiz nada e sei disso. Cumpri o que a lei determina”, afirmou. “O importante é deitar na cama e dormir e ter consciência daquilo que faz”, completou.

Cercado por fãs que acompanharam sua soltura, Zé Elias disse estar cansado e prometeu conceder nova entrevista a partir das 17h, em sua casa. Ele foi levado na carona do carro dirigido por sua mulher.

A ex-mulher de Zé Elias cobra na Justiça uma dívida de aproximadamente R$ 1 milhão, em decorrência de atraso no pagamento de pensão. A advogada Rita de Cássia Alves Moura, que defende o ex-jogador, sustenta que ele não tem como pagar a quantia.

No início deste mês, a juíza Graciella Salzman, da Comarca de Barueri, reduziu o valor da pensão que o ex-jogador do Corinthians e do Santos deve pagar aos dois filhos que teve com a ex-mulher. Com a decisão, a pensão foi reduzida de R$ 25 mil mensais para um salário mínimo para cada uma das crianças, de 10 e 8 anos.