Última semana de filiações agitou cenário político de MS e antecipou disputas de 2012

As acomodações partidárias que preparam terreno para as eleições municipais de 2012 agitaram a última semana e redesenharam algumas legendas com esforço para fortalecer aliados e esvaziar adversários.

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As acomodações partidárias que preparam terreno para as eleições municipais de 2012 agitaram a última semana e redesenharam algumas legendas com esforço para fortalecer aliados e esvaziar adversários.

As acomodações partidárias que preparam terreno para as eleições municipais de 2012 agitaram essa semana. O dia 7 foi o último prazo para os interessados em concorrer a algum cargo eletivo oficializarem a filiação e domicílio eleitoral.

Na disputa por nomes que carreiem consigo grande contingente eleitoral, os partidos políticos em Mato Grosso do Sul disputaram acirradamente cada filiação, buscando, ao mesmo tempo, sair fortalecido para as eleições de 2012 e enfraquecer seus mais diretos concorrentes nos diversos municípios e na capital.

Encerrado o período de filiações, em termos de volume de filiações se destacou o recém-criado PSD, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, comandado no estado pelo ex-senador Antônio João Hugo Rodrigues, que encerrou o prazo legal de filiação avaliando o retorno de Teresa Name à politica partidária, nome forte para buscar vaga tanto no legislativo quanto no executivo municipal.

No quesito de peso político-eleitoral, o destaque fica com o PMDB e o poder da máquina administrativa que comanda, atuando sob o comando do governador André Puccinelli, cuja característica é difundir apoios dentro de um mesmo grupo e aguardar que se digladiem para cooptar os mais fortes.

Puccinelli trouxe de volta ao PMDB o deputado federal Edson Giroto, virtual candidato à prefeitura de Campo Grande. O ritual foi iniciado há dois anos e deve ter seu desfecho com a aclamação de sua candidatura na convenção do próximo ano.

A Câmara Municipal de Campo Grande, mesmo com maioria da base de apoio do prefeito Nelson Trad Filho, teve a configuração redesenhada pelo PMDB, que conquistou os vereadores Márcio César (sem partido) e Dr. Loester Nunes (ex-PDT). Outras aquisições de destaque são os ex-presidente regionais de seus antigos partidos, ex-deputado Antônio Cruz do PP e Mariano Cabreira (ex-PT).

O PDT fez a grande festa de encerramento para receber a advogada e professora universitária Tatiana Ujacow, que deve assumir a coordenação do movimento das mulheres e da questão indígena dentro do partido, e já é apontada como nome forte a pré-candidata à prefeita, à vice, à vereadora.

Em meio às mesas de sinuca em uma conveniência no centro de Dourados, o PMN promoveu as filiações conseguidas com o peso do nome de Ari Artuzi, aclamado como pré-candidato à prefeitura, mesmo estando inelegível até o ano de 2021.

As filiações, algumas vezes anunciadas em concorridas festas, que carreiam lançamentos de pré-candidaturas em tom ufanista, deixam atrás de si um rastro de descontentamento e feridas.

O PSB protagonizou um espetáculo que culminou com os contendores passando por exame de corpo de delito e preenchendo boletins de ocorrência,  durante renovação dos diretórios e, no final, apresentou como sua mais importante filiação o superintendente do Procon de Campo Grande, Lamartine Ribeiro (ex-PPS).

Agitado também o panorama político em outras duas das maiores cidades do Estado; Corumbá, onde o apoio do senador Delcídio do Amaral(PT) a dois pré-candidatos que não o “ungido” pelo partido, deputado estadual Paulo Duarte (PT), vai prolongar atritos até que cheguem as convenções, pelo menos; e Três Lagoas, que agitou a Assembleia Legislativa  e envolve o pedido de licença do deputado estadual Felipe Orro (PDT), em aparente manobra para retirar da disputa o candidato melhor posicionado nas pesquisas, vereador  Ângelo Guerreiro (PSD) e beneficiar a atual prefeita Márcia Moura (PMDB) que assumiu o cargo após renúncia de Simone Tebet, vice-governadora.

Terminadas as disputas em busca de candidatos detentores de mandatos, de contingente de eleitores, ou líderes com capacidade de angariar votos para os seus candidatos, é chegada a hora de sanar as feridas, sentar-se à mesa de negociações e mirar o horizonte de junho de 2012, quando acontecerão as convenções partidárias.

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