Sarney diz que vai montar comissão para conduzir reforma política

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada na edição desta segunda-feira (7), o presidente do Senado, senador José Sarney (PMDB-AP), disse que vai montar uma comissão na Casa para dar início ao processo de reforma política. A expectativa, segundo Sarney, é de que seja elaborado um projeto concreto até a metade deste ano. O parlamentar […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada na edição desta segunda-feira (7), o presidente do Senado, senador José Sarney (PMDB-AP), disse que vai montar uma comissão na Casa para dar início ao processo de reforma política. A expectativa, segundo Sarney, é de que seja elaborado um projeto concreto até a metade deste ano. O parlamentar também reafirmou a necessidade de que as mudanças no sistema político sejam aprovadas ainda em 2011 para evitar a ação de “grupos corporativistas”.

“Vou montar uma comissão aqui no Senado para que consolide os projetos em tramitação. Vamos ver os projetos que dependem de lei e os que dependem de reforma constitucional. Enfim, vamos fazer um trabalho de profundidade”, declarou Sarney ao Valor Econômico.

O senador defende o fim do voto proporcional e a adoção de um modelo denonimado “distritão”, pelo qual seriam eleitos os deputados mais votados em cada estado.

Na opinião do presidente do Senado, o atual sistema eleitoral brasileiro valoriza o voto no indivíduo, prejudicando os partidos políticos e o debate de ideias.

“No atual sistema, a fragilidade dos partidos é total, os candidatos concorrem nas eleições uns contra os outros dentro do próprio partido e não contra os outros partidos. Não há discussão de programas, de ideias, e isso faz com que se torne uma luta pessoal e não programática”, argumentou.

De acordo com Sarney, apesar de o país ter avançado nos setores social e econômico, ao longo dos últimos anos, regrediu no setor político.

“No dia em que nós acabarmos com o voto uninomial, proporcional, que só existe no Brasil, nós vamos abrir a grande porta para que se possa fazer uma reforma política moderna, atualizada”, assinalou.

Conteúdos relacionados