Safári para caçadores de onça no Pantanal chegava a custar 40 mil dólares
Até quarenta mil dólares, esse era o valor pago por caçadores de onça que participavam de safáris no Pantanal, de acordo com informações do superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, David Lourenço. O Ibama contou com o apoio da Polícia Federal e do Exército, que cedeu um helicóptero do 3º Esquadrão Pantera para […]
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Até quarenta mil dólares, esse era o valor pago por caçadores de onça que participavam de safáris no Pantanal, de acordo com informações do superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, David Lourenço. O Ibama contou com o apoio da Polícia Federal e do Exército, que cedeu um helicóptero do 3º Esquadrão Pantera para levar a equipe até a fazenda Santa Sofia, em Aquidauana, na região do Alto Pantanal, na última quinta-feira, 05 de maio.
No local, eles apreenderam carcaças e couros de animais silvestres, além de armamentos e munições, inclusive de uso restrito. A ação foi um desdobramento da Operação Jaguar, realizada em julho do ano passado, quando foi desmontada uma quadrilha que organizava safáris turísticos de caça a animais silvestres.
Na mais recente ação, o ponto de partida para a investigação foi um vídeo que mostra a matança de onças e outros animais silvestres na fazenda Santa Sofia. O material foi enviado por um denunciante norte-americano que decidiu enviar o vídeo a partir do anúncio da Operação Jaguar. Um dos homens que aparecem na gravação foi reconhecido como um caçador russo que participou de safáris da quadrilha, desmantelada em julho de 2010.
Na Fazenda Santa Sofia, os agentes da Polícia Federal encontraram duas cabeças de onças; couros de animais silvestres, incluindo o de uma sucuri; doze armas, entre elas, uma pistola 357, fuzis de caça e espingardas; além de centenas de munições. As cabeças de onças foram encaminhadas para a sede da Embrapa Pantanal, em Corumbá, onde passam por uma perícia. Somente após o exame é que o Ibama vai lavrar o auto de infração contra a dona da propriedade rural.
A multa regular para esse tipo de crime ambiental é de R$ 5 mil por animal abatido porque se trata de onça-pintada, espécie que está na lista de animais ameaçados de extinção, entretanto por se tratar de uso comercial para fins de turismo, o valor da multa deve ser dobrado. Na operação Jaguar realizada em 22 de julho de 2010, dez pessoas foram presas em flagrante numa fazenda no município de Sinop no Mato Grosso, mas a polícia descobriu que eles organizavam safáris de caça de animais silvestres para estrangeiros em todo o pantanal de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e sul da Amazônia.
A operação foi realizada pela Polícia Federal com o apoio do Ibama. Os presos, incluindo o chefe da quadrilha Eliseu Augusto Sicoli, responsável pelos safáris, foram multados pelo Ibama em 10 mil reais cada um. Dentre os presos estavam 5 estrangeiros: 4 argentinos e 1 paraguaio.
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