Rogério Ceni: ‘Gosto do Carpegiani, mas no futebol tem de ganhar’

Rogério Ceni diz não ter ficado surpreso com a permanência de Paulo César Carpegiani no comando do São Paulo. Mas admite que treinador vive de resultado. Em entrevista ao “Diário de S. Paulo”, publicada nesta quarta-feira, o capitão tricolor afirma que o grupo de jogadores vai continuar respeitando Carpegiani da mesma forma, mesmo após o […]

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Rogério Ceni diz não ter ficado surpreso com a permanência de Paulo César Carpegiani no comando do São Paulo. Mas admite que treinador vive de resultado. Em entrevista ao “Diário de S. Paulo”, publicada nesta quarta-feira, o capitão tricolor afirma que o grupo de jogadores vai continuar respeitando Carpegiani da mesma forma, mesmo após o bate-boca público entre o técnico e o meia Rivaldo, semana passada, após a eliminação da Copa do Brasil frente ao Avaí, em Florianópolis.

– Elenco não dá respaldo. Ele respeita a hierarquia, o comando. O Carpegiani tem comando e o presidente, também. Temos a obrigação de continuar o nosso trabalho. Eu gosto do Carpegiani, mas no futebol tem de ganhar. Se não ganha… Enquanto o Carpegiani estiver à frente do São Paulo, ele vai tentar fazer o seu melhor. Se um dia, não sei se neste ano ou no ano que vem, a diretoria entender ser preciso trocar o comando, ela vai tomar a decisão – disse Rogério.

O goleiro relatou que na volta de Florianópolis, ficou por horas no CT, tentando digerir a derrota antes de ir pra casa. Ele afirmou desconhecer as informações sobre a saída do treinador – nos bastidores, dirigentes davam como certa a demissão de Carpegiani, e o próprio presidente Juvenal Juvêncio chegou a admitir que procurava um novo técnico no mercado. Diante da falta de opções, e da multa rescisória de R$ 1 milhão, Juvenal desistiu de demitir Carpegiani.

– Não vi nenhum diretor falando que o Carpegiani sairia. Então, não me surpreendeu (a permanência dele). Há um entendimento da diretoria de que o Carpegiani tem condições de realizar um bom trabalho – disse Ceni.

Questionado se toparia assumir o comando da equipe como treinador, o goleiro respondeu:

– Mesmo se eu quisesse, ainda sou um atleta em atividade. E vou jogar pelo menos até dezembro do ano que vem, quando termina o meu contrato com o São Paulo. Mas não haveria mudança alguma na equipe, pois conheço os jogadores e sei o que eles são capazes de desenvolver. Assim como o Carpegiani sabe. Não existe a mínima condição de isso acontecer. Não seria legítimo.

Rogério Ceni lamentou o comportamento de alguns membros de uma torcida organizada, que protestaram na frente do CT da Barra Funda nesta segunda-feira, inclusive com chutes no carro do volante Jean.

– Eu entendo a torcida. Mas nenhum torcedor teve uma decepção maior do que a minha. Não é dessa maneira que eles vão ajudar os jogadores a ter confiança, a fazer um gol. Todo protesto é legítimo, mas, a partir do momento em que surge esse comportamento violento, ele perde o sentido.

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