Rodada Doha frustra e decepciona negociadores, diz subsecretário
O subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, Valdemar Carneiro Leão, reconheceu nesta segunda-feira (10) que este ano será encerrado sem acordos na Rodada Doha. Segundo ele, a sensação de frustração e decepção é generalizada. O embaixador lembrou que foram dez anos de tentativas de negociações que registram avanços mínimos. “N…
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O subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, Valdemar Carneiro Leão, reconheceu nesta segunda-feira (10) que este ano será encerrado sem acordos na Rodada Doha. Segundo ele, a sensação de frustração e decepção é generalizada.
O embaixador lembrou que foram dez anos de tentativas de negociações que registram avanços mínimos. “Não é segredo para ninguém que depois de dez anos [da Rodada] Doha não conseguimos avanço algum. Não há, portanto, segredo. Mais um ano se passou e este ano vai acabar sem resultados concretos”, disse Carneiro Leão.
Para o embaixador, um dos fatores que dificultaram as negociações de Doha foi a crise econômica internacional. Carneiro Leão lembrou que a crise gera desemprego e aumento das pressões protecionistas e mais contenção.
No entanto, nos dias 16 e 17 de dezembro, em Genebra, haverá a última reunião do ano referente à Rodada Doha. Embaixador Roberto Carvalho de Azevêdo, representante do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC), acrescentou que a questão do câmbio será abordada nessa reunião, na Suíça.
“O problema está na pauta, não adianta querer varrer para de baixo do tapete, seja qual for o resultado dessa discussão”, disse Azevêdo. “[Mas qualquer] decisão será decidida por consenso. Não é uma tarefa que ocorra da noite para o dia. Sempre que houver a evolução do sistema, haverá uma discussão sobre o problema.”
Os principais impasses envolvendo as negociações entre países em desenvolvimento e os desenvolvidos cercam os setores de agricultura, facilitação de comércio, serviços e manufaturados.
A busca por consenso é o principal desafio dos negociadores. Os norte-americanos, por exemplo, cobram acordos mais ambiciosos na área de serviços e maior acesso ao mercado de produtos industriais dos países emergentes.
No entanto, os países em desenvolvimento exigem mais vantagens como garantias para seus produtos nas economias desenvolvidas. Os negociadores do Brasil, da Índia, da China e da África do Sul estão no grupo dos emergentes que lideram as negociações.
Economia aquecida
Outro destaque do balanço divulgado pela Junta Comercial é em relação aos números de alterações de empresas, ou seja, quando há situações em que houve, por exemplo, aumento de capital, alteração de contrato social, estabelecimento de um novo endereço, e outras ações que mostram a empresa muito ativa.
Entre os meses de janeiro e setembro deste ano a Jucems registrou 9.687 alterações contra 7.999 nos nove primeiros meses de 2010 num aumento de 21%. “É disparado melhor resultado que dos outros anos”, destacou Wagner Bertoli.
A partir de 2006, a Junta não registrou mais o movimento de empresas canceladas por Lei. Wagner Bertoli também destacou o balanço das aberturas de filiais de empresas. Desde janeiro até agora já são 1.137 filiais constituídas, número que quase alcança o total registrado durante todo o ano passado, que foi de 1.286 novas unidades.
Somente no mês de setembro de 2011 foram abertas 159 filiais contra 103 no mesmo período do ano passado, num acréscimo de 54,3%. “É importante destacar não somente a abertura de filiais, mas o resultado, ou seja, quanto de emprego elas vão gerar”, ressaltou o diretor-presidente da Junta. Os dados completos das estatísticas mensais da Junta Comercial estão disponíveis no site da Jucems. Bianca Caruso
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