PM já investigou denúncias de supostos abusos e caso está na Corregedoria

Assessoria de imprensa da instituição afirmou que caso é apurado desde outubro

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Assessoria de imprensa da instituição afirmou que caso é apurado desde outubro

As denúncias de abusos supostamente cometidos por policiais militares contra presos e menores apreendidos antes de serem entregues para Polícia Cívil estão sendo apuradas e já estão na Corregedoria da PM. A informação é do comando da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, por meio da assessoria de imprensa.

A suspeita de abuso policial chegou a ser apontada como um dos motivos de a Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) ter imposto restrições às tarefas dos militares, uma delas a de apurar crimes implicando civis.

As torturas, segundo denúncia do Núcleo de Direito Difusos e Coletivos, braço da Defensoria Pública Geral do Estado, teriam ocorrido em batalhões e também dentro de viaturas da PM.

O tenente-coronel Nelson Antonio da Silva, chefe da assessoria de imprensa da PM, informou que o comando da instituição “jamais deixou de investigar nenhuma sequer denúncia por abuso ou desvio de função envolvendo militares”.

“É prática do comando geral da PM em adotar medidas preventivas, de correção, jamais toleramos isso [abuso]”, garantiu o oficial.

De acordo com o assessor de imprensa, assim que o comando da PM soube da denúncia envolvendo internos da Unei – casa que cuida de adolescentes infratores -, foi determinada a abertura de inquérito para apurar a questão. Isso, disse o militar, ocorreu em outubro do ano passado.

A Defensoria enviou um ofício ao secretário Wantuir Jacini (Segurança Pública) com relatos dos supostos abusos praticados pelos policiais no dia 8 de outubro do ano passado (ver matéria sobre o caso em notícias relacionadas, logo abaixo).

O assessor ainda questiona o papel da defensora que denunciou o caso dos abusos. “Esse trabalho é da promotoria de Justiça, Defensoria é um órgão do Estado, criado para cuidar de causas de famílias carentes que não tem dinheiro para contratar advogados”, disse o tenente-coronel Nelson Antonio Silva.

O oficial disse ainda que na corporação existem “centenas” de investigações contra eventuais abusos e garantiu que, quando provados, os policiais são punidos.

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