A Câmara de Campo Grande está com caras novas, mas não tão novas assim. Os dois vereadores empossados na tarde desta segunda-feira (31), Marcos Alex (PT) e Athayde Nery (PPS), já ocuparam cadeiras no legislativo municipal em anos anteriores. O petista foi vereador por dois mandatos, e o socialista, por três.

Respectivamente, os dois eram suplentes de Cabo Almi (PT) e Alcides Bernal (PP),  ambos eleitos deputados estaduais em 2010. A solenidade de posse na sede do legislativo contou com a presença da maioria dos colegas.

Athayde Nery, que desligou-se da direção da Fundação Municipal de Cultura, voltou à ativa na Câmara com o discurso de trabalhar pela aprovação de uma emenda que destine 1% da arrecadação municipal para a cultura.

Questionado sobre temas polêmicos, como o aumento no IPTU que em alguns casos superou os 200%, o vereador foi cauteloso. Defendeu a criação do IPTU social, cujos reajustes sejam compatíveis com a renda do cidadão e não levem em conta apenas o valor venal dos imóveis e terrenos ou as benfeitorias públicas na região.

Sobre a greve dos agentes de saúde, Nery reconheceu as principais demandas da categoria, como o grau de periculosidade e insalubridade das atividades, bem como a falta de pontos de apoio aos profissionais. O vereador disse que irá buscar o entendimento, junto aos demais colegas, entre a prefeitura e os grevistas.

Oposicionista moderado

Em discurso, o petista Marcos Alex disse que não fará oposição “radical” nem “raivosa” contra o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) ou seus colegas de vereança. Reconheceu fazer parte de uma minoria na Câmara, ao lado de Paulo Pedra (PDT) e Thais Helena (PT), mas disse que irá trabalhar para manter a independência política em relação às articulações do executivo.

“Vamos votar a favor dos projetos do prefeito quando entendermos que são válidos, mas também vamos votar contra se não atender aos interesses da população”, afirmou.

Marcos Alex também comentou sobre o IPTU e disse que pretende convocar entidades civis para rediscutir na Câmara o aumento do imposto. “Projetos como este não podem ser votados no afogadilho”, completou o vereador.