Imasul recebe doações de empresas que licencia, mas nega troca de favores em MS

O Imasul (Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul), órgão do governo estadual que cuida da gestão ambiental sul-mato-grossense com análises, licenciamentos e vistorias em projetos de empresas que exploram o uso de recursos naturais, recebeu doações de duas dessas empresas. Nesta terça-feira (4), o Imasul oficializou dois termos de doação. Em um […]

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O Imasul (Instituto de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul), órgão do governo estadual que cuida da gestão ambiental sul-mato-grossense com análises, licenciamentos e vistorias em projetos de empresas que exploram o uso de recursos naturais, recebeu doações de duas dessas empresas.

Nesta terça-feira (4), o Imasul oficializou dois termos de doação. Em um deles, ganhou dois aparelhos de ar condicionado da Eldorado Celulose e Papel SA Ltda avaliados em R$ 2.400,00.

No outro Termo de Doação, o Instituto informa que recebeu da empresa Avanti Industria e Comercio Importação e Exportação Ltda vários móveis de escritório, mais dois aparelhos de ar condicionado e até um fogão. O valor total da doação é de R$ 3.389,76, segundo o extrato.

De acordo com o Imasul, todos os equipamentos serão usados no Escritório Regional de Três Lagoas. De acordo com a chefe do escritório, Délia Villamayor Javorka, tudo foi feito com transparência e dentro da lei. “Foram doações espontâneas de materiais que estavam disponíveis nas empresas, mas para entrarem no patrimonio do Estado, foi feito todo o trâmite legal”, explica.

Sobre o fato do instituto receber doações justamente das empresas cujos projetos licencia e vistoria, Délia garante que não há possibilidade de interferência no trabalho do órgão público. “Essas empresas são sim licenciadas pelo Imasul, mas as doações não foram troca de favores”, esclarece.

“O fato de doarem equipamentos que nós julgamos úteis para melhorar o trabalho do Imasul não interfere na nossa avaliação. Mais do que nunca eles precisam cumprir a legislação. Já recebemos doações de outras empresas, e elas sabem que nosso papel é zelar pela legislação. Foi tudo transparente, por isso demos publicidade”, argumenta.

Segundo Délia, há ainda instâncias capazes de fiscalizar o trabalho do Imasul. “Se o Imasul não cumprir seu papel, temos a população e o Ministério Público para nos cobrar”, pondera.

Com grandes empresas produtoras de papel, Três Lagoas se tornou polo nacional da indústria da celulose.

O Imasul possui inclusive uma Gerência de Recursos Florestais voltada para acompanhar o trabalho do setor “uma vez que a grande pressão exercida pelo desenvolvimento sobre os recursos naturais, necessita estabelecer um compromisso muito claro em torno da indissociabilidade dos conceitos de respeito ao meio ambiente, justiça social e crescimento econômico”, segundo o próprio website do Imasul.

A Gerência de Recursos Florestais analisa, vistoria e elabora pareceres referentes a processos de queima controlada, supressão e exploração vegetal, manejo florestal e carvoejamento. Também passam pela gerência projetos de assentamentos rurais, reflorestamento, recuperação de áreas degradadas e regularização de áreas de reserva legal.

Outra competência do setor é o controle do transporte e da reposição do material lenhoso florestal e de carvão, por meio dos Sistemas DOF (Documento de Origem Florestal) e do CAF (Cadastro de Atividades Florestais).

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