Forte terremoto na Turquia deixa pelo menos 138 mortos e mais 350 feridos

Um forte terremoto, de magnitude 7,2, segundo o instituto americano de geofísica USGS, registrado neste domingo na província oriental turca de Van, localizada próximo ao Irã, provocou estragos consideráveis e deixou ao menos 138 mortos e 350 feridos, anunciou o primeiro-ministro do país, Recep Tayyip Erdogan.

Um fotógrafo da AFP constatou grandes estragos na zona de Ercis, com cerca de 100.000 habitantes, muitos dos quais abandonaram a região por temor de réplicas.

Mais cedo, o presidente Barack Obama expressou suas condolências às vítimas e disse que os Estados Unidos estão dispostos a ajudar as autoridades turcas.

O canal NTV havia informado anteriormente que apenas em Ercis havia cerca de mil feridos. O Exército participava dos trabalhos de busca por sobreviventes sob os escombros dos edifícios desabados.

O diretor do Instituto Sismológico de Kandili, em Istambul, Mustafah Gedik, havia estimado pouco tempo depois do terremoto o número de mortos em “entre 500 e 1.000”.

Várias pessoas ainda estavam em baixo dos escombros, segundo a imprensa turca.

A agência oficial Anatólia indicou que cerca de 50 pessoas tinham sido hospitalizadas em Van, onde, segundo as autoridades locais, o aeroporto civil permanece em operação.

O epicentro do terremoto, que ocorreu às 10h41 GMT (08h41 de Brasília), foi localizado 19 quilômetros a noroeste de Van e a uma profundidade de 7,2 quilômetros, indicou o USGS americano, o instituto de referência mundial em matéria de terremotos.

Quinze minutos depois, às 10h56 GMT (08h56 de Brasília) uma réplica no mesmo ponto foi registrada, mas a apenas 5,6 quilômetros de profundidade, segundo a mesma fonte.

O Crescente Vermelho se mobilizou para enviar barracas e pessoal para a zona afetada.

A Turquia é um país exposto a terremotos já que seu território está locaizado sobre várias falhas tectônicas.

Em 1999, dois fortes terremotos ocorreram em regiões industriais muito habitadas do noroeste da Turquia, deixando 20.000 mortos.