Fornecimento de touca descartável gratuita divide opinião de mototaxistas na Capital

A promulgação da lei que obriga os mototaxistas a fornecerem toucas descartáveis para os passageiros divide a opinião dos trabalhadores, segundo o Sindicato dos Mototaxistas de Campo Grande (Sindmototaxi). Em contrapartida, a novidade tem aprovação de quem usa o serviço nas ruas da capital. A medida foi tomada como forma de higiene e prevenção contra doenças […]

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A promulgação da lei que obriga os mototaxistas a fornecerem toucas descartáveis para os passageiros divide a opinião dos trabalhadores, segundo o Sindicato dos Mototaxistas de Campo Grande (Sindmototaxi). Em contrapartida, a novidade tem aprovação de quem usa o serviço nas ruas da capital. A medida foi tomada como forma de higiene e prevenção contra doenças capilares.

De acordo com o Sindmototaxi, alguns mototaxistas aprovam, enquanto outros estão receosos em relação aos novos custos gerados. A lei, de autoria da deputada estadual Dione Hashioka (PSDB), foi publicada na edição desta quarta-feira (10) do Diário Oficial. O mototaxista deverá dar a touca gratuitamente.

Caso descumpra a lei poderá ser multado em 10 Uferms, valor de aproximadamente R$ 155, que será revertido para programas de conscientização e paz no trânsito. Quem quiser fazer alguma denuncia de irregularidade pode procurar o Procon ou a Delegacia do Consumidor.

“Correto, é questão de higiene, uma vez eu deixar de trabalhar durante uma tarde porque eu lavei o capacete que um passageiro com gel usou”, disse Marcos Moraes, 43, que trabalha como mototáxi há 3 meses.

“É bom, eu já fiquei com mau cheiro no cabelo por causa do capacete”, lembra-se a estudante Viviane Moraes Ferreira, (17). “Passageiro não pede [a touca], é uma lei que não vai vingar”, afirma Edilson dos Santos, 32, mototaxista há 10 anos.

De acordo com o Sindmototaxi, o custo de cada touca de TNT (Tecido Não Tecido) é de aproximadamente R$ 0, 13. Algumas empresas de Campo Grande e Goiás já entraram em contato com o sindicato para informar a disponibilidade de fornecimento.

“Tem passageiro que deixa de usar pela falta. Acho que toda a lei no início tem rejeição, mas acredito que o beneficiado será o passageiro”, argumenta Idelucia Boaventura, tesoureira do sindicato.

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