Folha de S. Paulo destaca desistência de pensão por ex-governador de MS

Na edição desta terça-feira (21) do jornal Folha de São Paulo a abdicação da aposentadoria de R$ 24 mil por parte do advogado, e ex-governador de MS, Wilson Barbosa Martins (PMDB), 92, foi destaque. Segundo a publicação Martins, governador por duas vezes (1983-86 e 1995-98), entregou o pedido de desistência do benefício na semana passada […]

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Na edição desta terça-feira (21) do jornal Folha de São Paulo a abdicação da aposentadoria de R$ 24 mil por parte do advogado, e ex-governador de MS, Wilson Barbosa Martins (PMDB), 92, foi destaque.

Segundo a publicação Martins, governador por duas vezes (1983-86 e 1995-98), entregou o pedido de desistência do benefício na semana passada à chefia de gabinete do governador André Puccinelli (PMDB).

À Folha o ex-governador falou que sua aposentadoria “tinha legalidade, mas não aprovação social”. “Não me interessa receber dinheiro nessas circunstâncias.”

Questionado sobre o cancelamento ter sido feito quase 13 anos após o início dos pagamentos, Martins disse ter sido influenciado pela “leitura recente dos jornais”.

Outros beneficiários da remuneração em Mato Grosso do Sul não pretendem seguir o exemplo de Martins.

Marcelo Miranda (PR), 72, governou em dois mandatos (1979-80 e 1987-91) e diz “não ver motivos” para cancelar.

A família de Pedro Pedrossian (PMN), 83, que recebe pensões como ex-governador de Mato Grosso (1966-71) e Mato Grosso do Sul (1980-82 e 1991-94), qualificou a atitude de “demagógica”.

“Por que não o fez no primeiro mês que recebeu?”, falou Rosa Pedrossian, filha do ex-governador.
O ex-governador Zeca do PT (1999-2006), que teve sua aposentadoria declarada inconstitucional pelo STF, disse que Martins “joga para a plateia”.

A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) continua lutando contra as aposentadorias vitalícias e a decisão do STF que tirou o benefício do ex-governador Zeca do PT deve ser utilizada como referência em outros estados. Wilson Martins, que foi presidente da OAB-MS, segundo o jornalista Marcos Eusébio, disse que se antecipou e abriu mão dos R$ 24 mil mensais levando em conta a decisão da entidade de combater a prática mesmo quando concedida anteriormente à constituição de 1988.

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