Felipão diz que Paulo César entrou premeditado para ajudar Corinthians
Satisfeito com o desempenho de sua equipe, mas profundamente irritado com a arbitragem de Paulo César de Oliveira e com a Federação Paulista de Futebol. Foi dessa maneira que o técnico Luiz Felipe Scolari se mostrou na entrevista coletiva concedida após a derrota nos pênaltis do Palmeiras para o Corinthians, neste domingo, pela semifinal do […]
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Satisfeito com o desempenho de sua equipe, mas profundamente irritado com a arbitragem de Paulo César de Oliveira e com a Federação Paulista de Futebol. Foi dessa maneira que o técnico Luiz Felipe Scolari se mostrou na entrevista coletiva concedida após a derrota nos pênaltis do Palmeiras para o Corinthians, neste domingo, pela semifinal do Paulistão. Sem cautelas nas afirmações, o treinador disse que havia um esquema para favorecer o adversário e ainda mandou um recado ao São Paulo: esqueça o estádio do Morumbi em grandes competições quando o Tricolor não está em campo. Acompanhe abaixo os trechos mais importantes da coletiva
Paulo César de Oliveira teve interferência no resultado?
“Pergunta para o juiz que ele sabe o quanto interferiu. Nós temos um dossiê de 26 jogos em que o Palmeiras entende que foi prejudicado. Fizemos duas solicitações, uma para a CBF e outra para a FPF pedindo que ele não fosse escalado. Um dia antes do sorteio, um jornal disse que ele seria o escalado. E aí acontece o tal sorteio e cai o cara? É como apostar na Loto. Ele entrou pressionado”.
Erros do juiz no clássico
“Na palestra aos meus jogadores, eu disse que eles fariam de tudo para expulsar a mim, ao Kleber e ao Valdivia. Ele me expulsou, deu cartão amarelo para o Kleber com três minutos de jogo sem razão e só não conseguiu advertir o Valdivia porque ele saiu machucado. Depois, foi inteligente em administrar o jogo, o que ele conseguiu fazer com muita competência. O Danilo foi expulso porque entrou com força excessiva no lance. O Liedson fez o mesmo e não aconteceu nada. Podem ter certeza que agora ele vai apitar apenas jogos da Taça Libertadores”.
O Palmeiras foi prejudicado nos bastidores?
“O que posso dizer é que tudo foi premeditado. A credibilidade do campeonato está em jogo desde o sorteio. Outro jornal chegou a fazer a matéria mostrando que é possível fazer um sorteio divertido. Foi por isso que eu não dei entrevista durante a semana, porque senão falariam que eu estava colocando lenha na fogueira. Eu atendi a um pedido do Ministério Público. Aliás, eles se preocupam muito com torcida e campo. Acho melhor eles começarem a se preocupar com outros fatores. Caso contrário, vou passar a entender que o campeonato não é mais decidido dentro de campo”.
Existe algum esquema?
“O Corinthians escolheu o campo, o juiz, jogou 11 contra 10 e precisou dos pênaltis para ganhar”.
Discussão com o Tite
“Morreu no gramado. Ele estava defendendo o seu lado e eu o meu. Quem errou foi ele, que saiu da área técnica. Ele disse que eu falei muito durante a semana. Alguém aí tem alguma entrevista minha dessa semana? Eu não falei. Eu respondi ao Tite com um gesto e o quarto árbitro viu o erro dos dois. Só que, quando o Paulo César o questionou, ele não teve a personalidade de confirmar. Mas a discussão morreu. Eu ainda vou discutir com o Muricy, com o Joel, mas quando o jogo acaba, isso morre”.
Desempenho do time
“O Palmeiras fez um bom jogo depois dos 15 minutos iniciais. Até lá, foi um pouco afoito, um pouco descontrolado em termos de organização. Depois equilibramos, e foi assim até o final. No segundo tempo, mesmo com dez homens, fizemos uma grande partida. Após o gol, tivemos duas ou três situações em lances do Marcos Assunção. Depois tomamos um gol, e o Corinthians foi mais competente nas penalidades. Mas lutamos e foi por isso que o torcedor reconheceu nosso empenho no final”.
Time entrou pilhado demais?
“Ninguém pilhou ninguém, ninguém disse para fazer faltas. O jogo decorreu dessa maneira e o time se descontrolou, fez cinco, seis faltas desnecessárias no começo da partida. Tanto que, quando ficou com dez homens, a equipe se acalmou em campo. Nos primeiros dez minutos, o que eu mais fiz foi pedir calma”.
Desejo de jogar no Morumbi e recado ao São Paulo
“Esqueçam o Morumbi porque tem gente que é contra. Eles (São Paulo) sabem contra quem estão brigando. Eles é que têm de vir a público e falar dos conchavos que são feitos. Eu queria jogar no Morumbi e deixei isso claro aos meus dirigentes. Isso porque entendia que teríamos vantagem com a presença de 60 mil palmeirenses. Além de empurrar o time, teríamos um ganho financeiro. Só que meia hora depois veio o aviso que o Morumbi está vetado, está proibido. Eu não posso explicar aqui a razão. Só sei que não tem como jogar no Morumbi. Temos que saber até que ponto pode ir. E mando um aviso para o São Paulo: eles não vão ajeitar isso nem agora e nem no futuro”.
Sem medo de punição
“Eles vão me punir de que forma? A televisão mostra tudo o que aconteceu. Se eu for punido, que punam. O que vou fazer? Alguém precisa dizer o que está acontecendo dentro desse hemisfério, dentro dessa vergonha. São premiados os que favorecem o sistema”.
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