Família denuncia superlotação da UTI do Hospital Regional

Idoso internado divide ala ocupada por 15 pacientes; no entanto, local foi construído para abrigar apenas sete pessoas

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Idoso internado divide ala ocupada por 15 pacientes; no entanto, local foi construído para abrigar apenas sete pessoas

Durvalino Crelis, 68 anos, está internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Regional Rosa Pedrossian, desde as 18h de domingo. Vítima de derrame cerebral pela segunda vez e lapsos de memória, o idoso está recebendo tratamento em um local com 15 pessoas, que tem capacidade para sete, segundo informação repassada por um funcionário da unidade hospitalar, mantida pela governo estadual.

A denúncia de superlotação é da filha do idoso, Jaqueline Correa Crelis. Ela conta que desde que seu pai foi hospitalizado conseguiu vê-lo por apenas duas vezes. Uma das visitas foi na noite do internamento e a outra na manhã de ontem, segunda-feira, 24.

“Não tem horário de visitas para quem está na UTI, então, as vezes, a gente fica um dia inteiro esperando que um médico num momento que puder venha dar alguma informação. Tem dia que isto nem acontece e as famílias ficam nesta agonia”, diz Jaqueline.

Outra reclamação da filha do idoso é que seu pai necessitava fazer uma tomografia, porém isto só foi possível na terça-feira.

Revoltada com a falta de informações perante a gravidade da doença de Durvalino, Jaqueline ressalta que pacientes de UTI têm quadro clínico de grave a gravíssimo. Para ela, a demora em exames como o de tumografia pode resultar em atitude, que para ela, podem ser tardias.

“Quando entrei vi que todos estão medicados, mas as condições daquele lugar são sub-humanas. Ao lado do meu pai tinha uma senhora internada também. A família dela ficou o tempo todo esperando uma notícia, mas a única que veio depoos de dias é que ela tinha morrido”, completa Jaqueline.

Durvalino teve um segundo derrame na quarta-feira, 19, foi medicado no Hospital Regional e depois liberado, as 17h, para retornar para casa. Na quinta-feira fez consulta no Hospital Evangélico, onde o médico aumentou sua medicação, segundo relato de Jaqueline.

Depois Durvalino foi para casa, ficou inerte e recebia atendimento familiar, como anteriormente. Mas a família estranhou que ele deixou de engolir os alimentos líquidos oferecidos em uma mamadeira e acionou o Serviço Móvel de Urgência (Samu) que o transportou até o posto de saúde do Copahavila. De lá recebeu encaminhamento para o Hospital Regional.

A assessoria de imprensa do hospítal pediu que a reportagem enviassem perguntas acerca da questão por e-mail. Contudo, até a publicação deste materal, o órgão não havia respondido.

 

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