Família de bebê que teve esôfago perfurado acusa Hospital Evangélico de erro médico

A família da recém-nascida Gabriela Viegas de Lima de 30 dias, vive uma angústia de quase um mês por conta de um possível erro médico no Hospital Evangélico de Dourados. De acordo com a mãe, Fernanda Derreira Viegas, a bebê teve o esôfago perfurado durante a introdução de uma sonda. Com o erro, todo o […]

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A família da recém-nascida Gabriela Viegas de Lima de 30 dias, vive uma angústia de quase um mês por conta de um possível erro médico no Hospital Evangélico de Dourados.

De acordo com a mãe, Fernanda Derreira Viegas, a bebê teve o esôfago perfurado durante a introdução de uma sonda. Com o erro, todo o leite e saliva iam direto para o pulmão, fato que causou uma infecção.

Segunda a família, que utilizou o plano de saúde Cassems, o quadro médico apresentado pelo Hospital Evangélico é a de que ela nasceu com uma má formação.

“Se ela tivesse nascido com má formação não tinha conseguido nem mamar, sendo que ela mamou normal nos primeiros dias”, conta a mãe.

Trazida para o hospital El Kadri em Campo Grande em um avião com UTI, que custou em torno de R$ 10 mil para a família, pois a Cassems não cobre UTI móvel, médicos da Capital apontaram o quadro de traumatismo no esôfago.

A família já prestou um boletim de ocorrência na delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) e formalizará uma denúncia ainda nesta sexta-feira (6) no CRM (Conselho Regional de Medicina).

Histórico

Gabriela nasceu com um quadro de icterícia (amarelão), que é causada pelo acúmulo de um pigmento chamado bilirrubina.

Com isso, houve um tratamento de 11 dias com banho de luz. Porém, de acordo com a família ela adquiriu uma infecção hospitalar que provocou pneumonia, motivo pelo qual teve de ser entubada.

Foi quando começou o maior drama. Com o esôfago perfurado, fazendo com que tudo que ingerisse fosse parar no pulmão, o quadro piorou. Os médicos esperam que o trauma feche naturalmente, caso contrário será necessária uma cirurgia de risco.

“Graças a Deus ela é forte e o seu estado é estável”, diz Fernanda. Ela também também conta que um procedimento simples feito na Capital, poderia ter evitado a perfuração.

“Ela foi entubada pelo menos cinco vezes em Dourados, como ela mesmo retirava o tubo, aqui [Campo Grande], colocaram uma luvinha nela”, fato que não permite que a criança retire a sonda. A recém nascida respira artificialmente há pelo menos 25 dias.

Hospital Evangélico

Segundo o diretor-executivo do Hospital Evangélico de Dourados, a criança nasceu no hospital já com complicações e foi internada na UTI neo natal. Através de tomografia foi constatada a necessidade de fazer uma cirurgia.

De acordo com o diretor, o hospital não possui infraestrutura para esse tipo de cirurgia e por isso, a criança foi transferida para Campo Grande. Ele diz desconhecer qualquer tipo de erro médico. (Matéria editada às 10h39 para acréscimo de informações), Colaborou Priscilla Peres.

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