O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, se reuniu na manhã desta quinta-feira (18) com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, para apresentar as diretrizes do PSD, partido em processo de criação. Segundo Kassab, durante a conversa, Dilma defendeu a “importância” do direito à “presunção da .”

Após uma série de denúncias de irregularidades, Wagner Rossi pediu, nesta quarta (17), demissão do Ministério da Agricultura. Em nota divulgada no mesmo dia, Dilma afirmou “lamentar” que o ministro não tenha “contado com o princípio da presunção da inocência diante de denúncias contra ele desferidas.”

“A presidente fez um registro da importância que tem para a democracia brasileira o direito à presunção da inocência. No momento em que várias denúncias acontecem e nós temos da nossa parte também uma convicção bastante clara de que é importante que um governo combata a corrupção, que qualquer que seja a denuncia seja apurada, mas também que qualquer cidadão brasileiro, em especial uma figura publica, tenha o direito a presunção da inocência”, relatou Kassab após o encontro com Dilma.

Rossi será substituído pelo atual líder do governo no Congresso, deputado Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS). A indicação de Mendes foi feita após reunião do vice-presidente, Michel Temer, com a cúpula do PMDB na noite desta quarta. Segundo o presidente do partido, Valdir Raupp (RO), Dilma aceitou a sugestão do PMDB.

PSD

Durante a reunião desta manhã, Kassab apresentou a Dilma os objetivos do PSD e destacou que a sigla terá posição “independente” no Congresso Nacional.

“Ratificarmos perante a presidente Dilma a nossa postura de partido independente politicamente, um partido que por suas peculiaridades de formação, precisa e deve ter essa independência, mas terá momentos de convergência em um número bastante elevado, principalmente nas questões que envolvem o futuro do Brasil baseadas em nossas convicções programáticas”, disse.

Segundo o prefeito de SP, Dilma não pediu apoio ao PSD.

“Nosso encontro foi no sentido de registrarmos a nossa disposição de construirmos um país mais justo, solidário, que cada vez mais possa corresponder às expectativas de todos aqueles que um dia idealizaram como um grande país. Em hipótese alguma tivemos da presidente nenhuma manifestação nesse sentido.”