Destino do dinheiro da venda de 19 áreas na cidade de Ivinhema vira “guerra política”

O que a prefeitura de Ivinhema vai fazer com o dinheiro a ser arrecadado com a venda de 19 terrenos de sua propriedade é o cerne de uma “guerra política” entre o prefeito Renato Câmara (PMDB) e o vereador Valdemar Ângelo (PDT). Na noite desta quarta-feira a Câmara Municipal realiza uma sessão extraordinária para decidir […]

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O que a prefeitura de Ivinhema vai fazer com o dinheiro a ser arrecadado com a venda de 19 terrenos de sua propriedade é o cerne de uma “guerra política” entre o prefeito Renato Câmara (PMDB) e o vereador Valdemar Ângelo (PDT).

Na noite desta quarta-feira a Câmara Municipal realiza uma sessão extraordinária para decidir a questão.

No final do ano passado o prefeito enviou para a Câmara o Projeto de Lei 032/2010 onde pedia autorização do Poder Legislativo para a venda de dezenove terrenos de propriedade da prefeitura localizados na quadra 33 do Loteamento “Cidade de Ivinhema” no bairro Piravavê.

Acontece que o vereador do PDT apresentou uma emenda ao Projeto de Lei onde exige que o valor obtido pela venda dos terrenos seja usado exclusivamente para a compra de um caminhão para a coleta de lixo domiciliar e de um ônibus para o transporte de pacientes para receber atendimento médico especializado em outras cidades como Dourados e Campo Grande.

Nesta emenda Valdemar Ângelo acrescenta um parágrafo onde diz que se o total obtido com a alienação dos bens ultrapassarem o valor da compra dos dois veículos ficará a critério do prefeito o direcionamento da sobra.

No dia 16 de dezembro do ano passado o prefeito vetou a emenda do vereador Valdemar por considerá-la inconstitucional. Por esse motivo é que a Câmara realiza sessão extraordinária que poderá derrubar o veto do prefeito à emenda.

Valdemar Ângelo afirma que a sua preocupação prende-se ao fato de que “em outras épocas a Câmara autorizou a venda de terrenos e os recursos arrecadados foram diluídos ficando o município sem os terrenos e a população sem saber onde o dinheiro foi parar”.

O secretário adjunto de Finanças da Prefeitura, Eder Wilson Lima, que falou em nome do prefeito que está de férias fora do município, explicou que é desnecessário acrescentar esta emenda.

Eder Wilson disse que a própria LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) veda a utilização do dinheiro da venda de propriedades da prefeitura para o pagamento de salários ou outros tipos de dívida. “Sempre foi intenção do prefeito comprar o caminhão de lixo e o ônibus”, disse o secretário-adjunto.

Acontece que o vereador pedetista também teve a mesma ideia que o prefeito e lançou a emenda ao projeto com a intenção de tirar proveito político-eleitoral.

O prefeito Renato Câmara também tem interesse em colher dividendos políticos com a destinação dos recursos, daí o imbróglio entre eles que comandam a política local.

 

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