Capital registra 19 casos de dengue por dia em janeiro
Nos primeiros dez dias do ano foram 189 notificações da doença. Especialistas reforçam que não é hora de baixar a guarda contra a dengue, e ações simples ainda valem para manter longe o risco de nova epidemia
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Nos primeiros dez dias do ano foram 189 notificações da doença. Especialistas reforçam que não é hora de baixar a guarda contra a dengue, e ações simples ainda valem para manter longe o risco de nova epidemia
Campo Grande registrou 189 notificações de casos de dengue nos primeiros dez dias do ano, conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde. Nenhum caso foi confirmado ainda pela vigilância epidemiológica porque isso depende de análises laboratoriais, mas os números indicam desaceleração do avanço da doença na Capital. Em dezembro de 2010, foram feitas 1.121 notificações.
Apesar da queda no ritmo, especialistas garantem que o momento não é de baixar a guarda contra a dengue. Mato Grosso do Sul e outros quatro estados estão com risco alto para a doença, de acordo com alerta divulgado ontem (11) pelo Ministério da Saúde. As autoridades estaduais e municipais de saúde foram convocadas pelo ministro Alexandre Padilha para reforçar nas ações de prevenção e combate à dengue.
Além disso, as chuvas de verão favorecem a proliferação do mosquito transmissor Aedes aegypti. De todos os 41,4 mil casos notificados na Capital em 2010, 75% foram registrados em janeiro, fevereiro e março. E das 22 mortes pela doença, 15 ocorreram nos meses do verão.
Uma das estratégias mais eficazes no combate à dengue ainda é a participação do cidadão. Manter limpos os terrenos e quintais, fechar caixas d’água e não jogar lixo nas ruas são ações simples e que acabam com as larvas do mosquito.
Dengue tipo 4
Uma nova modalidade da doença está sendo investigado em Manaus: a dengue tipo 4, que não era registrada havia três décadas. Muda a nomenclatura, mas os sintomas são os mesmos: dores de cabeça, no corpo e articulações, febre, diarreia e vômito. O tratamento também é o mesmo: repouso, hidratação e evitar remédios a base de ácido acetilsalicílico.
A dengue-4 chegará com certeza a Mato Grosso do Sul, mas é impossível precisar a data em que isso irá ocorrer, segundo o médico infectologista Rivaldo Venâncio. “A doença se dispersa rapidamente por causa da grande movimentação de pessoas, seja pelo turismo ou pelo comércio”, disse. O especialista afirmou que a população não deve ficar alarmada com a eventual circulação da dengue-4.
Na opinião de Venâncio, além da colaboração dos cidadãos com as autoridades de saúde, o poder público precisa tomar medidas mais enérgicas para se preparar contra novas epidemias. “Está na hora de Campo Grande pensar em uma coleta seletiva de verdade, o manejo correto dos resíduos é uma ferramenta fundamental no combate à dengue”, declarou.
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