Candidatos ao FMI estarão no Brasil semana que vem
Dois candidatos ao cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) estarão com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na próxima semana para pedir o apoio do Brasil. Na segunda-feira, a ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, terá um almoço com Mantega e, depois, será recebida pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. O […]
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Dois candidatos ao cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) estarão com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na próxima semana para pedir o apoio do Brasil. Na segunda-feira, a ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, terá um almoço com Mantega e, depois, será recebida pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. O Brasil será o primeiro país a ser visitado por Lagarde após o anúncio oficial da sua candidatura.
Na quarta-feira, será a vez do presidente do Banco Central do México, Agustín Carstens, ser recebido por Mantega. Ele teve uma primeira conversa com o ministro na última terça-feira, por telefone. Embora Carstens seja candidato de um país emergente, o governo brasileiro ainda não revelou quem apoiará. O cargo de diretor-gerente do FMI ficou vago com a renúncia de Dominique Strauss-Kahn, acusado de assédio sexual a uma camareira em um hotel de Nova Iorque.
Mantega tem dito que o Brasil apoiará o candidato que assumir o compromisso de dar continuidade às reformas no Fundo iniciadas por Strauss-Kahn. O governo brasileiro quer uma participação maior dos países emergentes nas decisões do FMI.
No entanto, a vitória de Lagarde, que conta com o suporte dos países europeus, é tida como a mais provável pelo governo brasileiro. Por isso, o Brasil tem trabalhado para arrancar o compromisso da ministra francesa, tida como mais conservadora que Strauss-Kahn, para que, nas próximas eleições, a nacionalidade europeia não seja considerada requisito para chefiar o FMI. A escolha, segundo tem defendido Mantega, deveria ser por mérito.
O Brasil também está defendendo um mandato tampão, até o final de 2012, para o sucessor de Strauss-Kahn por entender que esta é uma eleição atípica e com pouco tempo para um debate de ideias entre os candidatos. Nos bastidores, entretanto, o governo brasileiro já admite que a proposta não tem muitas chances de sucesso.
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