Brasileiro mata seus pais e uma sobrinha a facadas nos EUA
Na tarde de terça-feira (16), um brasileiro com manchas de sangue na roupa chegou à sede do Departamento de polícia da cidade de Harrison, em New Jersey e tentou avisar aos policiais sobre um crime que acabara de cometer. Ele não conseguiu explicar exatamente o que queria, pois falava um inglês pouco compreendido, mas uma […]
Na tarde de terça-feira (16), um brasileiro com manchas de sangue na roupa chegou à sede do Departamento de polícia da cidade de Harrison, em New Jersey e tentou avisar aos policiais sobre um crime que acabara de cometer. Ele não conseguiu explicar exatamente o que queria, pois falava um inglês pouco compreendido, mas uma equipe foi deslocada até o endereço citado pelo rapaz.
No local, que fica a três quarteirões do Departamento, os policiais constataram uma cena macabra. Eles encontraram os corpos de uma mulher, de um homem e de uma menina de apenas três anos de idade, respectivamente os pais e uma sobrinha do brasileiro.
Segundo o boletim policial, todos morreram com várias perfurações de faca. O criminoso é Carlos Campos Júnior, que responderá por triplo assassinato.
Foram iniciadas investigações para definir os motivos que levaram o brasileiro a cometer os assassinatos. Os corpos foram encontrados em cômodos separados. A princípio, segundo explica o Procurador do Condado de Hudson, Edward DeFazio, acredita-se que o crime possa ter sido motivo por alguma briga familiar. “Mas não podemos afirmar nada ainda”.
Os vizinhos descreveram o brasileiro para a polícia como um homem pacato, quieto, mas que apresentava sintomas de depressão, pois estava com dificuldades para encontrar emprego. Os pais foram identificados por Carlos e Ruth Campos e a menina é filha da irmã da mãe de Carlos, que se encontra fora do país.
Manuel Alves, um antigo vizinho que agora vive em North Arlington, disse que a única noticia que teve do brasileiro foi há alguns meses. “Ele alegava que estava angustiado por estar desempregado”, lembra. “Fiquei muito preocupado com o estado mental de Carlos Júnior e tinha certeza de que ele estava enfrentando problemas de depressão”, disse.
O amigo da família conta que Ruth, há 10 anos deixou o trabalho para cuidar da casa e que o seu marido Carlos trabalhou como mecânico em uma oficina na cidade de Newark, também em New Jersey.
Nixon de Jesus, um outro vizinho da família, disse que o brasileiro era muito calado e raramente conversava com as pessoas. “Ele apenas dizia olá e adeus.Pouco sabíamos do que ele fazia e sua vida era um mistério”, comenta, com os olhos vermelhos de tanto chorar pelo ocorrido.
De acordo com DeFazio, o crime aconteceu na manhã do mesmo dia em que o rapaz se entregou à polícia. “Ele deve ter ficado na casa até à tarde quando foi procurar o Departamento Policial para contar o que havia feito”, explica.
Os policiais encontraram a faca que o brasileiro utilizou para cometer o triplo assassinado. O pai da menina já foi avisado do fato, mas a mãe dela estava no Haiti, em uma missão cristã.
A cidade de Harrison tem cerca de 14 mil habitantes e não é considerada pelas autoridades uma cidade violenta.
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