Bloqueio ao Midiamax é “inusitado”, diz professor de Jornalismo da UFMS

O coordenador do curso de Jornalismo da Universidade Federal (UFMS), professor Gerson Luiz Martins, considerou “inusitado” o bloqueio de acesso dos funcionários públicos estaduais ao Midiamax e reprovou a medida adotada pelo governo do Estado exclusivamente para um jornal, enquanto os demais veículos de comunicação não sofrem o mesmo tipo de sanção. “Privar as pessoas […]

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O coordenador do curso de Jornalismo da Universidade Federal (UFMS), professor Gerson Luiz Martins, considerou “inusitado” o bloqueio de acesso dos funcionários públicos estaduais ao Midiamax e reprovou a medida adotada pelo governo do Estado exclusivamente para um jornal, enquanto os demais veículos de comunicação não sofrem o mesmo tipo de sanção.

“Privar as pessoas do acesso à informação é algo que tem de ser condenado. Não conhecia nenhum caso nesse sentido”, declarou o professor ao comentar reportagem publicada no sábado (18). (Leia a matéria em “Notícias relacionadas”)

Gerson Luiz, que também ministra a disciplina de Ética e Legislação em Jornalismo, reprovou qualquer tipo de restrição à imprensa e lembrou que há diversas formas de censura, como a econômica. “Se um veículo tem divergência política com uma administração, por exemplo, os anúncios publicitários são cortados para aquele jornal. Infelizmente isso deixa muitos veículos na dependência dos órgãos públicos”, disse.

O professor reconhece que a Internet em locais públicos precisa ser controlada para evitar uso indevido e citou o caso da UFMS, cujo departamento de informática recebe reclamações com frequência. “As pessoas pensam que a Internet é anônima, quando na verdade não é. Às vezes usam-se computadores da universidade para baixar programas ou músicas que são protegidas por copyright, e isso é pirataria”.

Mas Gerson pondera que, no caso da divulgação de notícias, se alguém se sentir ofendido deveria procurar a justiça comum. “Temos a Constituição Federal e os códigos Civil e Penal que garantem direitos a todos”, disse.

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