Alta da Selic amplia liderança do Brasil no ranking dos maiores juros reais

O reajuste da taxa Selic para 11,25% ao ano ampliou a liderança do Brasil entre os países com maiores juros reais. Segundo cálculos da corretora Cruzeiro do Sul, a taxa real de juros brasileira subiu de 3,9% para 5,3% ao ano. Os juros reais equivalem à taxa Selic descontada a inflação. Para chegar a esse […]

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O reajuste da taxa Selic para 11,25% ao ano ampliou a liderança do Brasil entre os países com maiores juros reais. Segundo cálculos da corretora Cruzeiro do Sul, a taxa real de juros brasileira subiu de 3,9% para 5,3% ao ano.

Os juros reais equivalem à taxa Selic descontada a inflação. Para chegar a esse número, a corretora levou em conta a projeção de inflação para os próximos 12 meses.

Em segundo lugar dos países com maiores juros está a Austrália, com 1,9% de juros reais ao ano, seguida pela África do Sul, com 1,8%.

Segundo a instituição financeira, o encarecimento das commodities (bens agrícolas e minerais com cotação internacional) alterou algumas previsões de índices de preços para este ano, o que mudou algumas colocações no ranking. A inflação mais alta, no entanto, é insuficiente para tirar o Brasil da liderança.

De acordo com a corretora, para que o Brasil saia da primeira colocação, a taxa Selic precisaria cair 3,5 pontos percentuais, para 7,25% ao ano. Na reunião de hoje (19), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou os juros básicos em 0,5 ponto percentual.

A elevação da taxa Selic ajuda no combate à inflação, mas tem impactos sobre as contas do governo ao encarecer a dívida pública. Os juros altos também têm efeitos sobre o câmbio ao estimularem a entrada de dólares e valorizarem o real. O dólar barato favorece o controle dos preços, à medida que impulsiona as importações de produtos que competem com similares brasileiros, mas prejudica as exportações, pois os bens nacionais perdem competitividade no exterior.

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