Adolescente planeja o próprio funeral após câncer raro

Uma adolescente britânica está planejando seu próprio funeral e o que ela quer fazer nos últimos meses de vida, após descobrir que não há mais tratamento para seu câncer nos ossos. Donna Shaw, de 17 anos, foi diagnosticada em fevereiro de 2010 com Sarcoma de Ewing, uma forma rara de tumor ósseo maligno que atinge […]

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Uma adolescente britânica está planejando seu próprio funeral e o que ela quer fazer nos últimos meses de vida, após descobrir que não há mais tratamento para seu câncer nos ossos.

Donna Shaw, de 17 anos, foi diagnosticada em fevereiro de 2010 com Sarcoma de Ewing, uma forma rara de tumor ósseo maligno que atinge principalmente crianças e adolescentes.

Após passar por uma cirurgia que retirou 80% do tumou principal em seu braço esquerdo, ela fez um tratamento de quimioterapia, mas em janeiro deste ano recebeu a notícia de que os remédios não estavam funcionando e que o câncer havia se espalhado.

A mãe de Donna, Nikki Parker, de 45 anos, disse que a filha é uma “inspiração” para todos a seu redor e já escolheu cada detalhe do funeral.

“Ela escolheu tudo: as músicas, ela tem um vídeo dela que ela quer que seja exibido no funeral e as cores das flores.”

“Na verdade, isso facilitou as coisas… Eu sei que parece bobagem, mas o fato de que ela está sendo tão forte ajuda”, disse Donna, que pediu demissão de seu trabalho em um restaurante para cuidar da filha.

“Esses são os últimos desejos de uma menina de 17 anos e isso é o que vai acontecer quando chegar a hora.”

Música e skate

Donna quer ver shows de música e de skate nos próximos meses

A mãe da adolescente disse que quando recebeu a notícia de que o tratamento não estava funcionando, Donna “chorou, xingou e gritou e depois aceitou”.

A família não sabe quanto tempo de vida a jovem tem, mas ela planeja ver um show do grupo Westlife em março e dos skatistas Torvill e Dean em abril, se estiver bem o suficiente.

Segundo Donna, planejar o funeral lhe dá forças, mas ainda assim quando vai dormir, ela fica assustada.

“Não tenho medo de morrer. Tenho medo de deixar minha família”, diz ela.

“É duro não saber quando (vou morrer) mas eu sou uma lutadora. Tenho uma sobrinha que vai nascer em abril, então ainda vou estar por aqui até lá.”

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