Zelito recua e PTB decide até dia 15 entre André e Zeca

O PTB não conta mais com a possibilidade de lançar candidato próprio ao governo do Estado e decidirá até o dia 15 de abril se fará aliança com o governador André Puccinelli ou com o ex-governador Zeca do PT nas eleições deste ano. Quem informa é o presidente regional do partido, Ivan Louzada. Ele conta […]

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O PTB não conta mais com a possibilidade de lançar candidato próprio ao governo do Estado e decidirá até o dia 15 de abril se fará aliança com o governador André Puccinelli ou com o ex-governador Zeca do PT nas eleições deste ano. Quem informa é o presidente regional do partido, Ivan Louzada.

Ele conta que durante evento da juventude petebista em Cuiabá, no fim de semana, o único postulante do partido ao cargo de governador, o empresário de Aquidauana, Zelito Ribeiro, retirou a pré-candidatura. “Ele disse diante de todos, inclusive do presidente nacional da legenda, Roberto Jefferson, que não concorrerá mais. Assim, a candidatura própria ao governo está descartada”, relata Louzada.

Agora sem candidato próprio restou ao PTB buscar aliança com os pré-candidatos ao governo do Estado já colocados. Louzada explica que agora o foco do partido é a eleição de pelo menos dois deputados estaduais e um federal.

O dirigente já recebeu o ex-governador Zeca do PT para conversar sobre a possibilidade de aliança. O petista ofereceu a vaga de vice em sua chapa. Amanhã, dia 30, é a vez de André Puccinelli fazer oficialmente sua proposta ao partido. O encontro está marcado para às 18h30 na sede da legenda na Vila Gomes, em Campo Grande.

Depois de escutar André Puccinelli, o dirigente levará as duas propostas para a avaliação da Executiva do partido. É bem provável que as alternativas sejam colocadas em votação. “Por enquanto não fecharemos nada com o André nem com ninguém. Depois da Semana Santa eu convocarei a Executiva. Quero ter uma definição, no máximo, até o dia 15 de abril”, informou.

O PTB não tem pretensão de figurar na chapa majoritária de André Puccinelli que, aliás, já está praticamente definida. A sigla quer apenas ajudar para a eleição de deputados. “Não queremos secretaria e nem cargos no governo estamos em busca de estruturar o partido, por isso a eleição de parlamentares é muito importante”, afirma.

O dirigente diz que a eleição de deputados é o primeiro passo rumo ao pleito de 2012 quando o partido pretende expandir o número de vereadores e ainda conquistar prefeituras no Estado.

Preferências

Ivan Louzada conta que no PTB há grupos que preferem Zeca do PT e outros que querem que o partido se alie a André Puccinelli. Um dos “zequistas” é o próprio Zelito Ribeiro que retirou sua pré-candidatura ao governo. “Eu sei da preferência dele, mas não podemos nos pautar pelo desejo de uma só pessoa. Temos que levar em conta a maioria do partido”, propõe.

Embora os dirigentes não admitam, o PTB já está sendo visto no meio político como um aliado quase certo de André Puccinelli. Recentemente, o Midiamax flagrou uma reunião entre o governador e o suplente do senador Delcídio do Amaral, o empresário Antônio João Hugo Rodrigues, que é filiado ao PTB.

Porém, oficialmente o suplente está afastado das decisões da cúpula do partido e a reunião que ocorreu à noite na Casa do presidente da Assembleia Legislativa Jerson Domingos (PMDB) não tratou de alianças.

“Não decidimos nada e não haverá decisões isoladas”, assegura Louzada. Já no plano nacional, ele reitera que o PTB deve se aliar ao PSDB que está prestes a lançar José Serra à presidência da República. “Esta é a única definição. Aqui no Estado independente da aliança que o PTB fará defenderemos o PSDB à presidência da República”, arremata.

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