Zelaya confirma que deixará embaixada brasileira amanhã

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, confirmou que deixará nesta quarta-feira a Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde está refugiado desde setembro de 2009, rumo à República Dominicana, ao lado do presidente deste país, Leonel Fernandez. “Fui convidado pelo presidente Fernandez para ir à República Dominicana, e aceitei. Vou embora [de Honduras] com ele, […]

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O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, confirmou que deixará nesta quarta-feira a Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde está refugiado desde setembro de 2009, rumo à República Dominicana, ao lado do presidente deste país, Leonel Fernandez.

“Fui convidado pelo presidente Fernandez para ir à República Dominicana, e aceitei. Vou embora [de Honduras] com ele, com a aprovação, claro, do governo (hondurenho) de Porfirio Lobo Sosa”, anunciou Zelaya em entrevista à rádio Globo de Honduras.

O conservador Lobo, que ganhou as eleições de novembro em Honduras, vai assumir o poder em cerimônia nesta quarta-feira.

Ele prometeu um governo de “unidade e reconciliação” e já havia dito que concederia um salvo-conduto para permitir que Zelaya saisse do país.

Zelaya foi deposto e expulso de Honduras por militares nas primeiras horas de 28 de junho do ano passado, quando pretendia realizar uma consulta popular sobre mudanças constitucionais que havia sido considerada ilegal pela Justiça.

Ele foi expulso, com apoio da Suprema Corte e do Congresso, sob a alegação de que visava a infringir a Constituição ao tentar passar por cima da cláusula pétrea que impede reeleições no país.

Congresso

O novo Congresso hondurenho instalou nesta segunda-feira a legislatura 2010-2014 com uma cerimônia solene da qual participou Lobo.

O presidente interino Roberto Micheletti, que se retirou das funções públicas no dia 21 de janeiro para evitar “uma distração no processo de troca de poder” e facilitar a aceitação das novas autoridades pela comunidade internacional, não assistiu à cerimônia.

Mas o presidente enviou ao Congresso uma carta de um hospital onde se internou na noite de domingo para exames de rotina, após uma hipoglicemia ocorrida há algumas semanas, segundo um dos seus porta-vozes.

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