Unesco: aumenta número de assassinatos de jornalistas em países sem guerra
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) constatou que tem aumentado o número de ameaças a jornalistas e assassinatos de profissionais de imprensa em todo o mundo, mas, principalmente, em países em que não há conflitos armados. As investigações apontam que a maior parte dos crimes tem relação […]
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A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) constatou que tem aumentado o número de ameaças a jornalistas e assassinatos de profissionais de imprensa em todo o mundo, mas, principalmente, em países em que não há conflitos armados. As investigações apontam que a maior parte dos crimes tem relação direta com o tráfico de drogas, a violação de direitos humanos e a corrupção.
Dados de 2008 e 2009 revelam que 125 jornalistas foram assassinatos neste período. Números semelhantes foram registrados em 2006 e 2007, quando 122 profissionais de imprensa morreram. O estudo completo, denominado a Segurança dos Jornalistas e o Risco da Impunidade, realizado pela Unesco, será publicado no próximo dia 25.
Pelo estudo, as Filipinas são o país mais violento no que se refere a ataques contra jornalistas. Em 2008 e 2009, foram assassinados 37 profissionais de imprensa no país. Em seguida, vem o Iraque que registrou, no mesmo período, 15 mortes.
Em geral, de acordo com o relatório, os assassinados são, na sua maioria, profissionais locais que lidam com temas próximos à população. Há poucas referências sobre mortes de correspondentes estrangeiros. De acordo com os dados preliminares, 95% das vítimas eram homens.
O estudo revela ainda que dos 28 países em que foram registrados assassinatos de jornalistas apenas 15 responderam à solicitação da Unesco para o fornecimento de informações sobre os detalhes relativos aos inquéritos de crimes.
A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, recomendou que os governos dos países reajam com pulso aos ataques contra jornalistas. Para ela, o ideal seria adotar medidas contra a impunidade e ter boa vontade política.
“Só a boa vontade política dos governos dos países em processar os assassinos e colocar um fim na impunidade poderão melhorar a proteção aos profissionais de imprensa”, disse. Outra sugestão apresentada por ela é que, no dia 3 de maio, seja feito um minuto de silêncio em todas as redações do mundo.
No Brasil, um dos casos emblemáticos de violência contra profissionais de imprensa foi a tortura seguida de morte do jornalista Arcanjo Antonino Lopes do Nascimento, conhecido como Tim Lopes, de 52 anos, em 2002.
O jornalista, da TV Globo, apurava uma denúncia sobre a realização de um baile funk, por traficantes na Vila Cruzeiro, no subúrbio, quando foi rendido. Antes de matar Tim Lopes, os traficantes fizeram uma espécie de julgamento para decidir sobre o assassinato. Ele foi torturado antes de morrer e levou golpes de uma espada ninja. Seu corpo foi queimado.
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