Suicidas deixam ao menos 37 mortos no metrô de Moscou
Duas mulheres-bomba mataram pelo menos 37 pessoas e feriram 65 em dois trens do metrô de Moscou nesta segunda-feira, 29, informaram as autoridades russas. Os ataques ocorreram em estações distintas e até o momento não foram reivindicados por nenhum grupo, mas suspeita-se de que as terroristas eram do Cáucaso, onde há insurgência islâmica. A primeira […]
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Duas mulheres-bomba mataram pelo menos 37 pessoas e feriram 65 em dois trens do metrô de Moscou nesta segunda-feira, 29, informaram as autoridades russas. Os ataques ocorreram em estações distintas e até o momento não foram reivindicados por nenhum grupo, mas suspeita-se de que as terroristas eram do Cáucaso, onde há insurgência islâmica.
A primeira das explosões ocorreu na estação central da cidade de Lubyanka, às 7h56, hora local (0h56 de Brasília), matando 25 pessoas. A segunda, ocorreu 40 minutos depois, na estação Park Kultury, matando mais 12 pessoas. O número de mortos pode aumentar devido ao estado grave de alguns dos feridos.
Nenhum grupo reivindicou a autoria dos piores ataques na capital russa em seis anos imediatamente, mas o chefe do Serviço Federal de Segurança, Alexander Bortinikov, disse que as agressoras são provavelmente do norte do Cáucaso, onde Moscou enfrenta uma insurgência islâmica que se espalha da Chechênia para os vizinhos Daguestão e Inguchétia.
“Segundo dados preliminares, os atentados foram cometidos por grupos terroristas que têm relação com o Cáucaso Norte. Esta é a principal versão”, disse Bortnikov ao informar o presidente russo, Dmitri Medvedev, segundo as agências russas. Bortnikov afirmou que, “no local das explosões, foram encontrados partes dos corpos de duas mulheres suicidas (…) que, acredita-se, procedem do Cáucaso Norte”.
As autoridades russas buscam agora outras duas mulheres filmadas pelas câmeras de segurança e que acompanharam as terroristas suicidas até a entrada do metrô. O FSB (antigo KGB), cuja sede fica na praça que abriga a estação onde houve uma das explosões, abriu uma investigação para determinar quem cometeu e organizou os ataques.
Pânico
“Ouvi um estrondo, me virei e vi fumaça em todo lugar. As pessoas começaram a correr para as saídas gritando”, disse Alexander Vakulov, de 24 anos. Ele disse estar na plataforma oposta ao trem que foi alvo da explosão na estação de Park Kultury. “Eu vi uma pessoa morta pela primeira vez na minha vida”, disse Valentin Popov, que havia acabado de chegar à plataforma onde ocorreu o atentado.
Fora de ambas as estações, havia grande movimentação dos usuários que evacuaram as plataformas. Muitos choravam e estavam em pânico, fazendo ligações em seus celulares com bastante nervosismo. Os feridos foram levados para ambulâncias e helicópteros, alguns já com curativos. Testemunhas contaram sobre o pânico nas duas estações subterrâneas, com as pessoas caindo umas sobre as outras em meio à densa fumaça e poeira quando tentavam escapar.
Canais de televisão russos mostraram um vídeo amador que registrou algumas imagens do metrô após as explosões da estação de Lubyanka com corpos de vítimas e feridos sentados e deitados no chão. Os vídeos também mostravam a plataforma cheia de fumaça.
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