Sem-teto despejados por força judicial ‘mudam-se’ para beira de estrada em Campo Grande

Pelo menos duas mil pessoas, entre elas crianças e idosos, haviam montado barracos em área desabrigada hoje cedo; agora, eles habitam trecho de uma rua

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Pelo menos duas mil pessoas, entre elas crianças e idosos, haviam montado barracos em área desabrigada hoje cedo; agora, eles habitam trecho de uma rua

As cerca de 2 mil pessoas que foram despejadas hoje cedo de uma área particular, situada aos arredores do bairro Nova Lima, em Campo Grande, desmancharam seus barracos e se instalaram a beira de uma rua que dá acesso a um frigorífico.

Os sem-teto haviam ocupado o local há duas semanas e disseram que agora não têm para onde ir.

O despejo foi determinado pela Justiça. Não houve incidente na desapropriação, efetuada por policiais militares e acompanhada por representantes do CDDH (Centro de Defesa dos Direitos Humanos).

O deputado reeleito Pedro Kemp, do PT, apareceu por lá durante a desocupação e prometeu negociar um diálogo entre os sem-teto e a secretaria estadual de Habitação. A audiência deve acontecer na segunda-feira.

Os desabrigados prometem uma passeata pelas ruas principais da cidade.

Entre as famílias despejadas 33 haviam invadido o residencial Iguatemi, construído com recurso público, pronto recentemente.

Dados oficiais indicam que o déficit habitacional em Campo Grande, cidade com 700 mil habitantes, afeta ao menos 80 mil pessoas.

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