Risco de um suposto atentado em delegacia motivou transferência de Artuzi, diz Jacini
Secretário de Segurança disse que o possível atentado foi informado a ele por meio de duas fontes; o ataque ao prefeito preso por corrupção poderia ocorrer por meio de envenenamento
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Secretário de Segurança disse que o possível atentado foi informado a ele por meio de duas fontes; o ataque ao prefeito preso por corrupção poderia ocorrer por meio de envenenamento
O secretário estadual da Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Wantuir Francisco Brasil Jacini, disse que o prefeito de Dourados, Ari Artuzi, preso por corrupção, foi transferido de uma delegacia da Polícia Civil, em Campo Grande, para o presídio federal, porque soube que havia um plano indicando que o prefeito poderia sofrer um atentado.
Jacini não detalhou o risco do suposto ataque, limitou-se a afirmar que o “serviço de inteligência” da Sejusp foi quem informou a ele a existência do plano do atentado.
A declaração do secretário surgiu no início de um evento que acontece nesta manhã no Centro de Convenção Gil de Camilo, em Campo Grande.
Jacini disse que atentado poderia surgir não por meio de um ataque armado à delegacia. “Um exemplo: poderia ser alimento envenenado. Não estou dizendo que isso ia acontecer, é um exemplo de atentado”, afirmou o secretário.
Ari Artuzi foi detido no dia 1º de setembro passado, durante a Uragano, operação da Polícia Federal que deixou a cidade de Dourados sem comando político.
Na investida policial, foram detidos Artuzi, o vice-prefeito e 9 dos 12 vereadores da cidade, empresários e servidores públicos.
Vinte e nove pessoas foram capturadas ao todo. Os implicados na questão, segundo a denúncia, fraudavam licitações e desviavam dinheiro público.
Wantuir Jacini disse ainda que, além do risco do suposto atentado, a transferência de Artuzi, na sexta-feira passada, ocorreu por falta de efetivo carcerário na delegacia que abrigava o prefeito.
“A presença dele lá exigia atenção redobrada e isso atrapalhava as outras tarefas dos policiais”.
Jacini explicou ainda que os presos devam ficar nas delegacias por um tempo máximo de dez dias.
Desde que preso, há 56 dias, Artuzi já experimentou três celas de diferentes cárceres. Assim que detido, em Dourados, ele foi conduzido para a 3ª Delegacia da Polícia Civil, em Campo Grande.
Dali, ele foi mandado para uma cela do Garras (Grupo Armado de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros).
E, na sexta, o prefeito foi levado para o presídio federal, que abriga os condenados mais famosos do Brasil, como o traficante Fernandinho Beira-Mar e o bicheiro João Arcanjo, tido como chefe da organização criminosa de Mato Grosso.
Na semana passada, Ari Artuzi foi levado até um hospital, que diagnosticou que ele precisa de uma cirurgia para curar uma hérnia. O prefeito afastado seria o chefe do esquema de corrupção, que rendia ao menos meio milhão de reais por mês à quadrilha, segundo a PF. Até agora, Artuzi não prestou depoimentos acerca das acusações contra ele.
Material editado às 09h16 minutos para acréscimo de informações
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