MPF obriga Hospital Evangélico de Dourados a operar paciente

Justiça acatou pedido do Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF/MS) e concedeu liminar para que seja realizada cirurgia de angioplastia em uma paciente de Dourados até sexta-feira (1º). Caso a decisão não seja cumprida, o secretário municipal de saúde e o superintendente do Hospital Evangélico de Dourados poderão ser presos por crime […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Justiça acatou pedido do Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF/MS) e concedeu liminar para que seja realizada cirurgia de angioplastia em uma paciente de Dourados até sexta-feira (1º). Caso a decisão não seja cumprida, o secretário municipal de saúde e o superintendente do Hospital Evangélico de Dourados poderão ser presos por crime de desobediência.

Além disso, a multa diária pelo descumprimento da ordem judicial será de no mínimo 10 mil reais. São réus na ação civil pública ajuizada pelo MPF a União Federal, Estado de Mato Grosso do Sul, Município de Dourados e Associação Beneficente Douradense (Hospital Evangélico). Todos são responsáveis pelo cumprimento da determinação da Justiça.

A paciente tem 74 anos e sofre de hipertensão arterial severa de difícil controle. Exame de cateterismo detectou estenose (entupimento) de até 99% das artérias. Caso não seja realizada uma cirurgia reparadora (angioplastia) até 1º de outubro, ela correr o risco de perder os rins.

A filha da idosa recorreu ao MPF em 21 de setembro, depois de procurar o Sistema Único de Saúde (SUS) de Dourados e ser informada de que teria de aguardar uma fila de espera, sem tempo determinado para ser chamada.

O custo da angioplastia é estimado em 25 mil reais. Como a paciente não possui recursos financeiros suficientes para custear a cirurgia, o MPF encaminhou ofício à Secretaria Municipal de Saúde solicitando a viabilização do procedimento. Apesar de o Hospital Evangélico encontrar-se habilitado junto ao SUS, a Secretaria respondeu que a paciente deveria ser encaminhada para Campo Grande, pois Dourados não possuía instituição hospitalar habilitada pelo SUS para a realização da cirurgia.

Conteúdos relacionados