Moradores convivem com alagamentos há anos, mas obras para resolver problemas ficam para 2011

Campo Grande entrou para o time das capitais brasileiras que sofrem transtornos a cada chuva. Com obras sem projeto de drenagem pluvial eficiente, são cada vez mais comuns os pontos de alagamento. Mesmo assim, a Prefeitura diz que obras para resolver os problemas não vêm antes de 2011.

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Campo Grande entrou para o time das capitais brasileiras que sofrem transtornos a cada chuva. Com obras sem projeto de drenagem pluvial eficiente, são cada vez mais comuns os pontos de alagamento. Mesmo assim, a Prefeitura diz que obras para resolver os problemas não vêm antes de 2011.

Campo Grande entrou para o time das capitais brasileiras que sofrem transtornos a cada chuva. Com obras de asfaltamento sem projeto de drenagem pluvial eficiente, e rápido crescimento, são cada vez mais comuns os pontos de alagamento. Mesmo assim, a Prefeitura diz que obras para resolver os problemas não vêm antes de 2011.

A chuva do último dia 26 de setembro de 69 milímetros alagou diversos pontos da Capital e derrubou 116 árvores, quatro torres, destelhou e ameaçou casas de desabamento.

Locais da Capital que sofrem com os alagamentos são as avenidas Júlio de Castilho, bairro Coophatrabalho, Maria Aparecida Pedrossian, Santo Antonio, Portal Caiobá II, Panorama, Cidade Morena, Centro Oeste, rua Bahia e Costa e Silva próximo a Universidade Federal entre outros bairros.

“As chuvas da Primavera até março são em forma de pancadas com grande intensidade em períodos curtos, e podem causar alagamentos na Capital e no interior”, disse o meteorologista Natálio Abraão.

Os problemas não são novos. “O André (Puccinelli, atual governador) quando entrou na prefeitura disse que no outro mês estava resolvido o problema aqui, passaram-se oito anos e nada”, desabafou o aposentado João Solito, 77, marido da dona de casa Noemil, que moram na rua Floreal.

Na avenida Costa e Silva com a rua Júlia Anffer na Vila Olinda , as águas já alagaram por diversas vezes a pista em frente a um supermercado próximo a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

“Além da água da chuva, tem o esgoto que alguns vizinhos despejam na rua aqui”, disse o motorista Djalma Batistote, 52, morador da rua Júlia Anffer.

Em bairros como o Cidade Morena alguns moradores tiveram que improvisar barragens para a água não entrar nas residências. Em dezembro do ano passado algumas foram inundadas.

Já na chuva do último dia 2, de 57 mm, a água só não entrou na residência da dona de casa Noemil Dutra, 66, por conta da barragem que ela e seu marido fizeram.

“Na chuva do final do ano passado apareceu um monte de cobra aqui na casa da vizinha”, disse a estudante Letícia Brito, 17, que mora na mesma rua.

De acordo com a prefeitura bairros da região dos córregos Segredo, Imbirussú, Bandeira e Prosa serão contemplados com construção de Parques Lineares e manejo de águas pluviais. Mas os projetos estão previstos para o início de 2011 com recursos do Governo Federal por meio dos Ministérios de Saneamento Urbano e Habitação. Os investimentos do PAC 2 somam cerca de R$ 300 milhões.

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