Marina diz que Serra e Dilma são apenas gerentes e que País precisa de um líder

A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, disse hoje (17) que a candidata do PT, Dilma Rousseff e o do PSDB, José Serra, são “gerentes muito parecidos”, mas que o País precisa de um líder. “Eles defendem o mesmo modelo de desenvolvimento. Ambos são desenvolvimentistas, ambos defendem o crescimento pelo crescimento. Ambos […]

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A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, disse hoje (17) que a candidata do PT, Dilma Rousseff e o do PSDB, José Serra, são “gerentes muito parecidos”, mas que o País precisa de um líder.

“Eles defendem o mesmo modelo de desenvolvimento. Ambos são desenvolvimentistas, ambos defendem o crescimento pelo crescimento. Ambos são gerentes, são tecnocratas e é assim que eles próprios se apresentam. O Brasil não precisa de um gerente. O Brasil precisa de uma liderança”, disse Marina antes de participar de um debate com estudantes na Universidade de Brasília.

De acordo com a candidata, nos últimos 16 anos, o Brasil esteve nas mãos de líderes políticos e foi capaz de se desenvolver. “FHC não era um gerente, ele era uma liderança. Isso não o impediu de juntar pessoas, com alto nível técnico que permitiu criar o Plano Real. Lula é um grande líder político e temos que agradecer historicamente a ele o fato de ter quebrado um paradigma: o de ter que fazer o bolo crescer para depois distribuir”.

A candidata criticou os oponentes devido a polêmica sobre a produção de dossiês. Ela comparou o levantamento de dados sigilosos como um “atentado ao estado democrático de direito” e disse que não fará campanha utilizando dados protegidos por sigilo.

“Eu já disse lá na campanha que eu não quero nem saber de dados que não são públicos. O que está no Ministério Público é público, as coisas que são trazidas de maneira lícita, isso sim pode ser objeto de crítica”, destacou Marina que enfatizou querer fazer uma campanha limpa, sem embate no campo das denúncias com os demais candidatos. “Episódios como esse não favorecem ninguém e desfavorecem a democracia”.

Mariana também defendeu a possibilidade de interrupção da gravidez no caso de anencéfalos, questão que pode ser objeto de um plebiscito, da mesma forma que os casos de aborto já previstos em lei. Marina disse que, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) não resolva a questão, se eleita, ela poderá propor a consulta popular sobre o assunto.

Além do plebiscito sobre aborto, Marina também pretende propor a consulta popular sobre a descriminalização das drogas.

Ao falar sobre a participação das mulheres na política, a candidata disse que no contexto em que iniciou sua vida política, no Acre, o fato de ser mulher ajudou. “Foi um fator positivo, foi um diferencial”. Marina defendeu que os partidos permitam cada vez mais a candidatura de mulheres e que respeitem a cota de 30% no número de candidatos para as mulheres. Segundo Marina, a conta nunca foi cumprida efetivamente porque as legendas acabavam colocando como candidatas “mulheres, netas, sogras e sobrinhas de senadores”.

“Estou falando de senadores porque sou senadora, mas era isso que ocorria”, disse Marina que ainda pensa em resgatar a discussão sobre a possibilidade da candidatura avulsa, ou seja, sem a representação dos partidos. Esse é um debate que deixei no Senado quando sai para ser ministra do Meio Ambiente e que acho que precisa ser retomado”.

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