Liderança de Dilma Rousseff faz deputados do PT não reeleitos sonharem com emprego federal
Por hora, os petistas estão voltados para a tentativa de eleger a presidenciável, mas já admitem pretensão por chefias de órgãos federais como Dnit e Ibama
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Por hora, os petistas estão voltados para a tentativa de eleger a presidenciável, mas já admitem pretensão por chefias de órgãos federais como Dnit e Ibama
A liderança de Dilma Rousseff (PT) em todas as pesquisas de intenção de votos já tem feito deputados petistas não reeleitos sonharem em conquistar as chefias de autarquias e órgãos federais no Estado. Sem mandato a partir do ano que vem, Pedro Teruel e Amarildo Cruz admitem que aceitariam a indicação.
Por hora, os petistas estão voltados para a tentativa de eleger Dilma. Por isso, o assunto não é discutido abertamente. Mas, já foi colocado que, eleita a petista, o debate sobre a partilha dos cargos deve começar em 1º de novembro. Dois meses antes da posse do novo governante.
Teruel mantém discrição sobre o assunto. Afirma que não está buscando emprego federal. “Não estou trabalhando para isso, mas se Dilma precisar de mim em alguma posição eu não recusaria”, pondera admitindo que aceitaria o convite.
Nos bastidores, está aberta uma campanha, patrocinada por parlamentares federais, pela indicação de Teruel ao Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), hoje nas mãos do ex-governador Marcelo Miranda Soares, filiado ao PR, partido aliado ao governo Lula.
O nome de Teruel não surgiu por acaso. Ele é engenheiro mecânico graduado pelo ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutico) e tem histórico que facilita a indicação. Quando assumiu o Ministério das Minas e Energia, em 2003, Dilma Rousseff convidou Teruel para dirigir a Transpetro, empresa que transporta petróleo e derivados. Ele só recusou para não renunciar ao mandato de deputado estadual.
“Ela gostou do meu currículo e não aceitou a minha recusa inicialmente. Me deu 15 dias para pensar no assunto, mas não teve jeito. Conversei com meus apoiadores e eles acharam melhor que eu continuasse na Assembléia”, relembra o petista.
Já Amarildo Cruz é mais aberto sobre a possibilidade de figurar em um órgão federal. Revela que quer sim e vai lutar por isso. Ele é cotado para a superintendência regional do IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis), hoje chefiado por David Lourenço, uma indicação do PT.
Amarildo julga ter um currículo que permite pleitear um cargo deste porte. Como deputado estadual tratou a questão ambiental como uma das prioridades do mandato.
Ele conta que os petistas já fizeram uma discussão interna sobre a partilha de cargos federais no Estado. Com Dilma presidente, os petistas de MS deverão reivindicar a chefia dos cargos mais importantes no Estado. Amarildo cita que além de Dnit e IBAMA, há ainda a DRT (Delegacia Regional dos Trabalhos), INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Correios e outros.
“A ideia não é simplesmente ocupar cargos, mas sim ajudar Dilma a implementar o projeto de governo do PT. O INCRA, por exemplo, é estratégico para uma reforma agrária dentro dos ideais do partido”, menciona.
Briga com aliados
Atualmente, os cargos federais mais importantes estão divididos entre petistas e partidos aliados como PT, PDT e PMDB. Mas, os petistas já dão sinais de que vão lutar por mais espaço no eventual novo governo do PT.
O Incra, por exemplo, foi alvo de uma violenta disputa entre PT e PMDB, em 2008. Movimentos sociais ligados ao PT rejeitavam a saída do então petista Luiz Carlos Bonelli do comando do órgão. Manifestantes chegaram a fechar rodovias no interior do Estado. Mas, o presidente Lula manteve promessa feita ao PMDB nomeou Flodoaldo Alves de Alencar, uma indicação do senador peemedebista Valter Pereira, ao cargo.
Atualmente, Bonelli está filiado ao PSB e Flodoaldo não é mais superintendente do INCRA. Ele deixou o cargo em junho de 2009, 15 meses depois de ter assumido alegando razões pessoais.
Outro peemedebista, Waldir Cipriano do Nascimento, assumiu a função, mas acabou preso em agosto deste ano pela PF (Polícia Federal) por conta da Operação Tellus, que visa desmantelou suposto esquema de fraudes em projetos de reforma agrária. Hoje, o órgão está sob comando interino de um técnico.
Teruel chama a atenção para a necessidade de conciliação com os interesses de outros partidos que apoiam Dilma. “Disputar cargos pode ser ruim. Não podemos criar uma crise política para o governo federal”, alerta o petista que sugere deixar o assunto para depois. “Dilma não ganhou ainda”, cita.
Notícias mais lidas agora
- ‘Discoteca a céu aberto’: Bar no Jardim dos Estados vira transtorno para vizinhos
- Carreta atropela mulher em bicicleta elétrica na Rua da Divisão
- Papai Noel dos Correios: a três dias para o fim da campanha, 3 mil cartinhas ainda aguardam adoção
- VÍDEO: Motorista armado ‘parte para cima’ de motoentregador durante briga no trânsito de Campo Grande
Últimas Notícias
Motociclista cai em buraco obra não sinalizada em Dourados e fica gravemente ferido
Vítima foi atendida por equipes do Corpo de Bombeiros e Samu
Sol e chuva: Previsão indica calor de 35°C e chance de tempestade em MS
Previsão desta quinta-feira (12) destaca a possibilidade de chuva em grande parte do Estado
Com enxada e faca, homem é preso por guardas municipais após ameaçar casal de namorados
Acusado também teria apalpado as nádegas de uma jovem de 18 anos
Durante fuga de abordagem, motociclista bate em muro no Universitário em Campo Grande
Motociclista não tinha CNH
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.