Instituto Penal da Capital une sete casais em casamento coletivo

O casamento coletivo realizado no Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), na tarde dessa sexta-feira (19), uniu no civil e religioso sete casais que aproveitaram a oportunidade para oficializar a parceria. Com direito a dois convidados, música e uma pequena confraternização, o casamento coletivo do Instituto Penal promoveu a ressocialização dos internos estimulando principalment…

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O casamento coletivo realizado no Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), na tarde dessa sexta-feira (19), uniu no civil e religioso sete casais que aproveitaram a oportunidade para oficializar a parceria. Com direito a dois convidados, música e uma pequena confraternização, o casamento coletivo do Instituto Penal promoveu a ressocialização dos internos estimulando principalmente a valorização e importância da família.

O casamento é resultado de um projeto realizado pela estagiária de Assistência Social, Lucilene dos Santos e o pastor Marcos Ricci, da 1º Igreja Batista, que realizou a benção dos casais. De acordo com a assistente social do Instituto, Elza Sousa Silva, o casamento coletivo aconteceu pois era perceptível a vontade dos internos em oficializar a união. “Vários internos que possuem bom comportamento e que realmente já tinham um relacionamento duradouro, puderam celebrar o casamento. Temos casais que já estão há mais de 15 anos juntos”, observa a assistente social do Instituto, Elza Sousa Silva.

Para que o evento fosse realizado, todos os procedimentos legais de documentação foram encaminhados com antecedência pela Assistência Social do Instituto. Durante quatro meses, foram feitas triagens entre os internos para verificar a vontade e o histórico dos casais que se interessaram na cerimônia. Depois de comprovados, os casais tiveram ainda um curso de noivos com o pastor Marcos para ensinar sobre a importância da família e do matrimônio.

De acordo com um dos idealizadores do projeto, além de recuperar e promover a ressocialização dos internos à sociedade, a intenção do casamento coletivo foi de fazer o sonho dos detentos se tornar realidade. “Antes de tudo, a família é a base da sociedade. Muitos dos internos merecem ter a oportunidade de oficializar a união. Transformamos o sonho deles em realidade”, explica o pastor.

União

Toda de vestido longo branco, com direito à buquê e arranjo no cabelo, a noiva Rosely Lopes (foto acima), agora casada com o interno Heber Valliente, explica com alegria: “Hoje é meu dia. Foi uma experiência diferente e nova”, assume a cabelereira. Roselly espera o marido há 12 anos e revela sobre a esperança de ter uma família completa e normal. “A gente espera, né. Se Deus quiser, dessa vez ele vai sair e o melhor é que já estaremos casados”.

Já para o casal mais vivido, Zenaide Rosa, de 46 anos e o interno Mamed Watana, de 50, a experiência de hoje é uma prova de que o detento também tem direito ao matrimônio. “Também queremos casar. Quero agradecer a organização do Instituto e principalmente o pastor que nos deu essa oportunidade”, lembra o interno.

Parcerias O diretor do Instituto Penal de Campo Grande, Tarley Barbosa, assume com satisfação sobre esse evento que possibilitou o enlace matrimonial de sete internos. Segundo ele, esse evento só foi possível pelo trabalho de três principais pilares que o instituto adota: Educação, Trabalho e Religião. De acordo com o diretor, trabalhando esses fatores é que se obtém e reintegração do interno à sociedade. O diretor lembra também do apoio familiar que se torna uma peça fundamental para a recuperação do interno. <

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