Governo quer que ALL cumpra cronograma e recupere trecho da ferrovia de Miranda até Corumbá
O governo de Mato Grosso do Sul está retomando os contatos com a Agência Nacional de Transportes (ANTT) para garantir o retorno do Trem do Pantanal em toda a extensão, até Corumbá. O objetivo do governo é fazer gestões para que a ANTT cobre da concessionária América Latina Logística (ALL) o cumprimento do cronograma de […]
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O governo de Mato Grosso do Sul está retomando os contatos com a Agência Nacional de Transportes (ANTT) para garantir o retorno do Trem do Pantanal em toda a extensão, até Corumbá. O objetivo do governo é fazer gestões para que a ANTT cobre da concessionária América Latina Logística (ALL) o cumprimento do cronograma de recuperação da malha férrea no trecho Agente Inocêncio/Porto Esperança – Corumbá.
Na retomada da articulação, o secretário de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia, Carlos Alberto Negreiros de Menezes, reúne-se hoje (18), em Brasília, com o diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo. O secretário vai tratar, em nome do governo, da necessidade de execução dos investimentos na recuperação dos trilhos para circulação do trem de passageiros no percurso que atravessa o Pantanal.
Há dez meses, o trem de passageiros já opera entre Campo Grande, Aquidauana e Miranda, com o equipamento turístico diferenciado e o novo nome de Pantanal Express. A melhoria executada pela ALL nessa etapa viabilizou a volta da primeira etapa do Trem do Pantanal, inaugurada no dia 8 de maio de 2009 pelo governador André Puccinelli e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nesse mês, a empresa Serra Verde Express divulgou balanço que mostra sucesso nas operações do trem – ícone do turismo de Mato Grosso do Sul – prestes a completar um ano de nova fase. A avaliação mostra a movimentação de mais de 4,5 mil passageiros, uma média de quase 500 por mês. A maioria dos turistas tem como origem o Estado de São Paulo.
O presidente do Grupo Serra Verde Express (empresa que administra o Trem do Pantanal), Adonai Aires de Arruda, explica que o período de maturação de um projeto dessa magnitude é de cerca de três anos. “Sendo assim, estamos caminhando positivamente no planejamento traçado”. Para o Executivo, “o aumento de público é gradativo”.
Inicialmente, a Serra Verde Express investiu, aproximadamente, R$ 2 milhões para implantação desse projeto, entre revitalização de vagões, transportes de equipamentos, contratação de mão-de-obra, qualificação e promoções nacional e internacional. A expectativa para 2010 é de que o Trem do Pantanal encerre o ano tendo transportado cerca de 1.200 passageiros por mês.
O diretor comercial da Serra Verde Express, Adonai Arruda Filho, ressalta que esse nicho turístico tem muitas particularidades e que no Brasil ainda está em crescimento. “Estamos aos poucos retomando a força dessa vertente do turismo e expondo ao mundo que sabemos atender bem os amantes de passeios ferroviários”. Porém, ainda há um grande caminho a percorrer. Em 2009 o setor cresceu 9%, conforme dados da Associação Brasileira dos Operadores de Trens Turísticos Culturais (Abottc).
Para este ano, estão previstas as participações da equipe promocional da empresa em 26 eventos de turismo nacionais, além de dez internacionais e dez roadshows (encontros comerciais). No ano passado, houve participação em 23 feiras nacionais, 12 internacionais e oito roadshows. Esses esforços são adicionados às ações dos governos federal e estadual, que têm colaborado efetivamente nesse processo.
“A força desse produto turístico vem crescendo diariamente”, ressalta Adonai Filho. Exemplo disso é o número de parcerias firmadas a fim de expandir a comercialização do Trem do Pantanal. Já há acertos comerciais com empresas de turismo, como TT Operadora (Lufthansa), CVC, Visual, Luxtravel, MGM, New Line Operadora, Venturas e Aventuras. Os principais destinos nacionais emissores são: São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.
Geração de renda
Na avaliação da operadora do Trem do Pantanal, esse equipamento é um dos principais vetores do turismo de Mato Grosso do Sul que geram renda para o Estado. De acordo com dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), um turista de lazer gasta em torno de R$ 150, por dia, no destino escolhido, com hospedagem, alimentação e transporte. Nos primeiros dez meses de operação, os passageiros do Trem do Pantanal já geraram mais de R$ 290 mil nesses três itens.
A Serra Verde Express, criada em 1997 para administrar trens turísticos do Paraná, que operam entre as cidades de Curitiba, Morretes e Paranaguá, incrementou, em pouco mais de uma década, o turismo ferroviário naquele Estado. O atrativo é considerado referência no setor, atraindo todos os anos uma média de 150 mil pessoas, ante uma demanda de apenas 50 mil quando assumiu a ação. Em 2009, a empresa foi convidada pelo governo de Mato Grosso do Sul a operar o Pantanal Express.
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