Em ano de escândalos, cresce número de votos em branco e nulos para deputado estadual

Tabela divulgada pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) aponta que 1.392.464 eleitores que compareceram às urnas no domingo, 50.255 votaram em branco para deputado estadual representando um índice de 3.61%. Outros 43.792 eleitores anularam o voto percentual de 3.14%

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Tabela divulgada pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) aponta que 1.392.464 eleitores que compareceram às urnas no domingo, 50.255 votaram em branco para deputado estadual representando um índice de 3.61%. Outros 43.792 eleitores anularam o voto percentual de 3.14%

Em um período eleitoral marcado por escândalos que atingiram o município de Dourados e na seqüência acertaram em cheio à Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o número de eleitores que optaram por votar em branco ou nulo para o cargo de deputado estadual cresceu na comparação com as eleições de 2006.

Tabela divulgada pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) aponta que 1.392.464 eleitores que compareceram às urnas no domingo, 50.255 votaram em branco para deputado estadual representando um índice de 3.61%. Outros 43.792 eleitores anularam o voto percentual de 3.14%.

Em 2006, os números e índices de pessoas que fizeram a opção em branco ou nulo para deputado estadual foram menores. Dos 1.288.948 eleitores que se fizeram presentes nas sessões eleitorais, 41.537 ou 3.22% votaram em branco e outros 28.176, 2.19%, optaram pelo voto nulo.

Neste ano, o pivô do escândalo político que se abateu sobre a Assembleia, o deputado estadual Ary Rigo (PSDB) que aparece em vídeo detalhando suposto esquema de partilha de dinheiro público entre membros dos três poderes, não se reelegeu. Contudo, obteve 20.581 votos e ficou na terceira suplência de sua coligação.

Em suas polêmicas declarações gravadas sem que ele soubesse pelo ex-secretário de Governo de Dourados, Eleandro Passaia, Rigo comprometeu toda a Assembleia e ainda o MPE (Ministério Público Estadual), o Tribunal de Justiça e o governador André Puccinelli (PMDB).

“Você sabe o seguinte, na assembleia cada deputado não ganhava menos de R$ 120 mil, agora os deputados vão ter que se contentar com R$ 42 ( mil). Não tem como fazer. Para você ter idéia nós devolviámos R$ 2 milhões em dinheiro para o André (Andre Puccinelli – governador e candidato a reeleição pelo PMDB). R$ 900 (mil) para o desembargador do Tribunal de Justiça e R$ 300 (mil) para o Ministério Público. Cortou tudo! Nós vamos devolver R$ 6 milhões para o governo. Por isso que eu ando sumido. Então nós estamos criando um acordo, eles vão devolver 400 mil, não é mais 30%, comigo é 10%”, diz Rigo a Passaia.

Outros nomes que também figuraram em escândalos de corrupção não conseguiram se eleger deputado estadual, tais como os vereadores de Dourados Marcelo Barros (DEM) recebeu 2.080 votos, Aurélio Bonatto (PDT) que teve 1.761 e Sidlei Alves que conquistou 2.170 votos. Os três foram presos pela Polícia Federal na Operação Uragano. Sidlei Alves, aliás, continua detido em presídio de Dourados.

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