Confusão: famílias sofrem nova ameaça de despejo no Residencial Gaburas
As 45 famílias que ocupam irregularmente as casas do residencial Gabura, no Bairro Otávio Pécora, estão novamente apreensivas com a possibilidade de serem despejadas ainda na noite desta quinta-feira. Segundo informações dos moradores, seguranças da prefeitura os ameaçaram e afirmaram que se eles não saírem serão retirados a força das casas. Três carros da guarda […]
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As 45 famílias que ocupam irregularmente as casas do residencial Gabura, no Bairro Otávio Pécora, estão novamente apreensivas com a possibilidade de serem despejadas ainda na noite desta quinta-feira. Segundo informações dos moradores, seguranças da prefeitura os ameaçaram e afirmaram que se eles não saírem serão retirados a força das casas.
Três carros da guarda municipal estão no local. A moradora Crislaine Valdez afirmou que três homens em um Gol branco juntamente com funcionários da Emha (Empresa Municipal de Habitação) passaram pelo residencial e ameaçaram os moradores. “Eles disseram que estão esperando uma ordem judicial sair para colocar todo mundo na rua”, disse.
A vendedora Izabel Cristina Ferreira, 42 anos, reforça a afirmação da vizinha. “Passou um gol brando aqui com três homens ameaçando todo mundo de despejo”, ressaltou.
Segundo Silvana Rodriguez, 32 anos, o mesmo grupo de segurança que ameaçou “todo mundo” arrombou uma casa e jogou todos os objetos de uma moradora para fora. “Eles entraram na casa e jogaram tudo para a rua. A mulher não estava na casa”, disse.
São 107 casas no local e 45 estavam vazias foram ocupadas por sem-teto e também por alguns contemplados que estavam apenas esperando receber as chaves da empresa de habitação.
É a segunda vez que os moradores são ameaçados de despejo. Hoje, funcionários da Emha estiveram no residencial para despejar as famílias. Segundo informações dos moradores, as casas estão desocupadas há mais de oito meses e alguma pessoas já teriam sido contempladas, porém ainda não tinham recebido as chaves.
Em entrevista ao Midiamax na tarde desta quinta-feira, o presidente da Emha Paulo Matos, disse que as casas já tinham destinatário, mas não era possível ainda fazer a remoção das pessoas para o local, pois ainda não havia água e luz no local. “Nós temos que entregar as casas já com ligação de água e luz e esse é um processo demorado, por isso algumas ainda não tinham sido entregues”, explicou.
Sobre a ocupação por parte dos sem-tetos, Matos afirmou que a ocupação aconteceu na noite anterior e de forma organizada. “Na verdade são 32 famílias que fizeram esta ocupação em movimento organizado, com caminhões e chaveiros trocando os miolos das fechaduras na noite de ontem”, contou.
Segundo ele, o residencial ficou pronto recentemente e as casas foram construídas para remoção de famílias que moram em áreas de risco na região do Segredo. As pessoas que ocupam as casas de maneira irregular serão notificadas judicialmente em processo de reintegração de posse. “Não vamos tomar medidas radicais, mas vamos entrar judicialmente. Claro que queremos que todos tenham casas, mas aqueles que recebem uma casa e depois vendem não vão ter mais direito a ser contemplado com casas da Emha”, afirmou.
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