Com mudança da rodoviária, usuários montam cracolândias em pontos da Capital
Depois da mudança da Rodoviária, o antigo prédio praticamente deixou de ser frequentado por usuários de drogas, mas o grupo se dividiu e criou novos pontos em locais centrais de Campo Grande.
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Depois da mudança da Rodoviária, o antigo prédio praticamente deixou de ser frequentado por usuários de drogas, mas o grupo se dividiu e criou novos pontos em locais centrais de Campo Grande.
Depois da mudança do terminal rodoviário de Campo Grande, o antigo prédio praticamente deixou de ser frequentado por usuários de drogas. Segundo constatação da polícia, um grande grupo acabou se dividindo e formando novos pontos em diferentes locais da Capital como, por exemplo, proximidades da feirona, mercadão municipal e uma área considerada a mais crítica que fica entre a Marechal Cândido Rondon e a Antônio Maria Coelho, por onde passavam os trens.
O local onde ainda existem trilhos já era ponto de uso de drogas, mas agora está conhecido como cracolândia tamanha quantidade de usuários que se reúnem para usar drogas, entre crack, pasta base de cocaína e maconha. São homens e mulheres (menores e maiores de idade) que à noite ou em plena luz do dia usam entorpecentes.
Na cracolandia é visível que o problema deixou de ser apenas de segurança pública para se tornar de saúde pública. O acúmulo de lixo, inclusive orgânico, está por toda a parte, mas em local é apontado pela polícia como onde deve ser feita a roda para uso de drogas, onde foram encontradas incontáveis embalagens artesanais para o embalo de droga, roupas – talvez utilizadas para praticar furtos e depois serem descartadas – e ainda armas brancas (facas, punhais e chuchos).
A polícia militar passou a monitorar o local com mais freqüência e colocou em prática um serviço de rondas diárias para impedir que os usuários permanecem no local e continuem sustentando uma cracolandia. “A polícia está fazendo sua parte em coibir, porém este pessoal vai acabar escolhendo outro local. Isto aqui é um problema também de saúde pública”, diz o sargento Mark Gonçalves, um dos envolvidos na operação batizada de “saturação”.
A cracolandia fica entre pontos comerciais que foram abandonados, em especial no início da Avenida Calógeras. Os usuários acabaram rompendo telhados e invadindo alguns prédios e os transformando em locais de dormida e para manter relações sexuais. Em um deles jorra água potável de um encanamento que deveria cair em uma caixa d“água, mas que é utilizada para quem quer beber ou tomar banho. Dentro do imóvel também há bastante água parada que acabou apodrecendo por não ter para onde escorrer.
Na tarde desta quinta-feira, os policiais deram continuiudade à Operação Saturação e flagraram aproximadamente 30 pessoas, a maioria fazendo uso de drogas na cracolândia. “Quando a polícia chega eles saem correndo e os que conseguimos abordar a gente verifica mandado de prisão em aberto, porte de drogas, armas. Com a lei do usuário fica difícil tomar providências, eles acabam soltos e depois voltam para cá ou outro ponto. Não tem clínica pública disponível para que possam se tratar”, disse um policial participante da ação.
A ação vai continuar, com policiais monitorando os pontos críticos ao menos três vezes ao dia.
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