Candidatos e eleitores de MS usam Twitter para conversarem “de perto”

Críticas, elogios, troca de informações, agenda. Na rede de microblogs Twitter, políticos usam os 140 caracteres disponíveis para os mais diversos fins. Alguns “tuitam” sozinhos, outros pedem o auxílio da assessoria para escrever na rede social, mas o fato é que parlamentares e eleitores não conseguem ficar alheios a facilidade de comunicação que a rede […]

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Críticas, elogios, troca de informações, agenda. Na rede de microblogs Twitter, políticos usam os 140 caracteres disponíveis para os mais diversos fins. Alguns “tuitam” sozinhos, outros pedem o auxílio da assessoria para escrever na rede social, mas o fato é que parlamentares e eleitores não conseguem ficar alheios a facilidade de comunicação que a rede traz.

Entre os que cuidam pessoalmente da página pessoal, está o deputado estadual Youssif Domingos (PMDB). Há dez meses no Twitter e com 1211 seguidores, o parlamentar garante que é ele quem escreve todas as postagens.

“Bom dia mundo! Essa é minha saudação inicial. Eu comecei porque enxergo a rede como uma maneira de interação com vários tipos de pessoa”, destaca.

Youssif concorda que a rede de relacionamentos traz exposição e é uma via de mão dupla. “Ficamos expostos sim, mas é um canal de questionamento aberto com o eleitor. Já fui alvo de duras críticas”, afirma o deputado.

Segundo ele, não é possível mensurar resultados, mas é uma oportunidade de expor ações e opiniões. “Eu aproveito para falar sobre variados assuntos e também passar minha agenda, por isso uso o Twitter todos os dias”.

Outro que também aproveita a rede para expor ideias e se interar com “pessoas” e não só eleitores é o deputado estadual Paulo Duarte (PT). Há um ano e meio na rede e com 1725 seguidores, ele faz promoções e canais de interação junto aos “amigos tuiteiros” como ele costuma chamar.

“Entrei por insistência de minha esposa e eu escrevo o meu pessoalmente, faço questão de manter o canal com os tuiteiros e de responder a todos, a não ser que seja fake [perfil falso] ou muito agressivo”, explica.

Duarte acredita que a ferramenta pode ser usada para esclarecer e conversar com mais objetividade e detalhes.

“Escrevo sobre minhas agendas, sobre as ações do mandato e posso afirmar que quem entrar agora para pedir votos vai perder tempo. Por isso eu não vou mudar agora nesse período. Não vou ficar pedindo voto”, afirma ele.

“Todo mundo sabe que eu sou candidato e quem me segue está sempre ali comigo, questionando. Então acredito que muda muito pouco o cenário político”.

Mais contido, o deputado estadual Zé Teixeira (DEM) confessa que sabe pouco do assunto. Com 625 seguidores, Teixeira é um dos poucos a assumir que quem comanda o microblog para ele é a assessoria.

“Tenho ajuda da minha assessoria sim. E acho proveitoso, pois é quase como um siga-me, uma ferramenta muito útil”, ressalta. Para o deputado, o que o impede de estar mais interado pessoalmente com a tecnologia é o tempo.

“Viajo muito, então não consigo operar, mas leio sempre o que me escrevem e o que minha assessoria escreve. São poucas palavras ali, tem que se objetivo”, aponta o parlamentar.

“Impossível ficar imune”

Do outro lado da tela, os eleitores também participam desse processo. É o caso da secretária Priscihellen Ferreira (20), que tem o perfil no Twitter para manter contato com amigos, mas acredita que principalmente nessa época de eleição é impossível ficar imune aos políticos.

“Acredito que eles tanto podem ser denegrir, como se beneficiar com essa ferramenta”, explica. Para ela, é preciso filtrar os políticos da rede. “Alguns estão lá só pra falar bobeiras, atacar outros candidatos, já outros não, falam dos seus projetos, falam sobre o que a população em geral gostaria de saber”, garante.

Para a internauta, nas eleições deste ano ajudam os candattos por ser um meio direto e barato. “O Twitter não é palanque, mas ajuda muito para alguns políticos que não estão em boas condições financeiras hoje. Certamente pode auxiliar na conquista de votos”, opina.

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