Beneficiários de vale-renda protagonizam disputa entre coligações nos programas eleitorais
A lista do vale-renda, que o governo estadual só liberou após longa briga judicial, foi o tema central dos programas eleitorais de hoje. A coligação “Amor, trabalho e fé”, do candidato a reeleição para governador André Puccinelli, acusou a coligação de Zeca do PT de “manipular” beneficiários do vale-renda e usou as imagens de Maria […]
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A lista do vale-renda, que o governo estadual só liberou após longa briga judicial, foi o tema central dos programas eleitorais de hoje. A coligação “Amor, trabalho e fé”, do candidato a reeleição para governador André Puccinelli, acusou a coligação de Zeca do PT de “manipular” beneficiários do vale-renda e usou as imagens de Maria de Souza, uma das contempladas.
Mas, surpreendentemente, a coligação “A Força do Povo”, respondeu logo em seguida mostrando as mesmas pessoas dizendo que somente foram atendidos pelo programa do governo após aparecerem em programa eleitoral de Zeca do PT.
Maria de Souza havia participado do programa anterior da coligação “A força do povo”. Os petistas questionaram por que só agora após a denúncia e às vésperas das eleições o governador foi atrás dos ‘beneficiários’, e informou que as listas estão disponíveis para consulta pública nos comitês eleitorais da coligação petista.
A mesma beneficiária mostrada pelo peemedebista apareceu no programa adversário explicando que só após a denúncia de que não recebia é que ela foi procurada pela equipe do governador para ir pegar o cartão.
Lista oculta
A lista da “discórdia” somente veio a tona no último dia 14/9, quando a 2ª Seção Cível do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), por unanimidade, confirmou a decisão que manda o governo do Estado a liberar a lista das famílias cadastradas no Vale Renda, programa social que distribui dinheiro aos carentes. O governo havia entrado com pedido de embargo sobre a decisão anunciada em julho.
Quem pediu a divulgação da lista foi o vereador da cidade de Sete Quedas, Paulo Cesar Barbizan, do PMDB. Ele solicitou a relação ao governo, que negou, depois ingressou com mandado de segurança. A briga dura um ano e três meses.
No dia 14 de junho deste ano a 2ª Seção Cível do TJ-MS concedeu o direito ao vereador, contudo, no dia 6 do mês seguinte, a Procuradoria Geral do Estado, protocolou um recurso contra a decisão, por meio de embargo de declaração em mandado de segurança. Antes, Barbizan havia conquistado duas vitórias judiciais, também protestadas por meio de recursos.
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