Bancada Federal de MS poderá ter apenas 3 nomes na oposição ao governo de Dilma

Dos 11 parlamentares federais, há três eleitos por partidos opositores; ‘serristas’ do PMDB ainda não demonstram querem atuar na oposição

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Dos 11 parlamentares federais, há três eleitos por partidos opositores; ‘serristas’ do PMDB ainda não demonstram querem atuar na oposição

Com onze parlamentares, sendo oito deputados federais e três senadores, a bancada federal de Mato Grosso do Sul em Brasília poderá ter apenas três nomes na oposição ao governo de Dilma Rousseff a partir do ano que vem. A senadora Marisa Serrano, o deputado federal Reinaldo Azambuja, ambos do PSDB, e o deputado federal Henrique Mandetta (DEM) foram os únicos eleitos em partidos de oposição.

Há ainda nomes do PMDB que apoiaram o tucano José Serra adversário de Dilma nas eleições mas, pelo menos por enquanto, não demonstram estarem inclinados a fazer oposição à petista. Nacionalmente, o PMDB é o principal aliado a presidente e indicou o vice Michel Temer.

O senador eleito Waldemir Moka (PMDB) falou rapidamente com a reportagem do Midiamax sobre o assunto nesta manhã. “Minha posição vai depender do PMDB Nacional. Mas eu mantenho a mesma de antes”, afirma o deputado. Moka foi uma das lideranças que mais defendeu o apoio do PMDB local a Serra. Aqui no Estado, a legenda fechou apoio oficial ao tucano, mas respeitou as lideranças que preferiram pedir votos para Dilma.

Outro nome do PMDB de MS que não apoiou Dilma nas eleições, o deputado federal Marçal Filho deve participar da base aliada para acompanhar seu partido. “Eu votei no José Serra, mas estarei em sintonia com a bancada do PMDB na Câmara Federal”, explica.

Contudo, o parlamentar esclarece que agirá de maneira independente quando não concordar com alguma matéria. “A tendência do PMDB é apoiar o governo de Dilma, mas eu preservarei o meu direito de divergir”, enfatiza.

Eleito na oposição, o novato na Câmara Federal, Reinaldo Azambuja defende uma “oposição responsável” ao governo de Dilma. Ele explica que no PSDB há três correntes de pensamento em relação a petista. “Há quem defenda uma oposição sistemática. Há quem prefira a atuação moderada e tem até quem fala em oposição simpática”, diz Reinaldo.

Vice-presidente nacional do PSDB, a senadora Marisa Serrano é reconhecida por fazer uma oposição aguerrida no Senado. Em recente pronunciamento na tribuna do Congresso, ela convocou as forças oposicionistas para uma atuação determinada, atenta e pontual.

“Estamos aqui para fiscalizar e denunciar o que está errado. A oposição deve ser firme, sim. Nunca usamos como lema o ‘quanto pior melhor’, nem fazemos oposição raivosa. Não fazemos aquela oposição que o PT fez ao governo Fernando Henrique Cardoso. Não fazemos essa oposição que Lula tem nos atribuído”, afirmou. Segundo ela, a contribuição das oposições não deve se pautar na crítica pela crítica. “Devemos apontar rumos no sentido de levar à superação de nossas mazelas”.

Eleitos da base

Foram eleitos em partidos que apoiaram Dilma Rousseff: os deputados federais Vander Loubet e Antônio Carlos Biffi, do PT, Geraldo Resende e Fábio Trad, do PMDB e Edson Giroto, do PR.

No Senado, além de Marisa e Moka, MS terá ainda o senador Delcídio do Amaral, reeleito pelo PT.

Conteúdos relacionados