Cansados das promessas não cumpridas de políticos, os acadêmicos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) saíram as ruas para reivindicar asfalto na avenida Marcio Lima Nantes, que dá acesso ao campus de . Junto com os estudantes estavam moradores da Vila da Barra, que também reivindicam a melhoria.

Nesta terça-feira (16), os acadêmicos se concentraram na Concha Acústica e carregando dezenas de faixas passaram por diversas ruas da cidade até chegar à Câmara, onde ocorria a sessão ordinária. O grito de aproximadamente 250 estudantes ecoava na região central de Coxim e chamava a atenção dos moradores.

Gritando “eira eira eira, chega de poeira”, numa manifestação pacífica, os acadêmicos ganharam o apoio da população e dos vereadores. Tanto que o vereador Miron Coelho Vilela (PSDB), presidente da Casa de Leis, indicou uma moção de apoio ao movimento.

O presidente do Centro Acadêmico de História, Erasmo Peixoto de Lacerda, disse que o objetivo da manifestação é reunir forças para dar fim ao problema o mais rápido possível. Para finalizar, Lacerda lembrou de um trecho do poema Tecendo o Amanhã de João Cabral de Melo Neto.

“Um galo sozinho não tece uma manhã: ele precisará sempre de outros galos. Nós viemos aqui porque sabemos que um galo sozinho não tece uma manhã, nos precisamos de muitos galos para fazer com que o dia venha a raiar para todos nós”, completou o presidente do DCE, que foi fortemente aplaudido pelos estudantes.

O professor do curso de História, Marcos Amorim, ironizou a informação divulgada esta semana pelo município, de que a prefeita de Coxim, Dinalva Mourão (PMDB), teria articulado a importância de R$ 1 milhão para pavimentar a avenida.

Segundo o professor, há dois anos os veículos de comunicação regionais divulgam que foi viabilizado recursos para a obra. Somente na atual gestão, conforme o arquivo do professor, a imprensa divulgou três vezes que a prefeita tinha viabilizado o dinheiro.

Quanto à reportagem divulgada ontem, pela assessoria de imprensa do município, Amorim ressaltou que se parece às mesmas divulgadas anteriormente. “A reportagem não diz quando o recurso vai ser encaminhado para Coxim. São apenas pretensões”, destacou o professor.

De acordo com Amorim, o fato é que diariamente as autoridades são procuradas para dar trafegabilidade aos acadêmicos, seja cascalhando, molhando ou retirando a areia. O fato é que nada de concreto acontece e os estudantes tem duas opções: tomar banho de lama ou de poeira. “Pelo amor de Deus, dêem fim a esse sofrimento”, pediu o professor.