Acampamentos e confusão marcam greve em frigorífico
Cerca de 600 funcionários do frigorífico J.B.S. Bertin, na saída de Sidrolância, estão acampadas no pátio da empresa desde o início da greve, na última segunda-feira (4). Apenas 15% do quadro de funcionários está trabalhando no frigorífico que abatia diariamente de 1.600 a 2.000 cabeças de gado. Ontem houve 600 abatimentos, e de 2.200 que […]
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Cerca de 600 funcionários do frigorífico J.B.S. Bertin, na saída de Sidrolância, estão acampadas no pátio da empresa desde o início da greve, na última segunda-feira (4). Apenas 15% do quadro de funcionários está trabalhando no frigorífico que abatia diariamente de 1.600 a 2.000 cabeças de gado.
Ontem houve 600 abatimentos, e de 2.200 que acumulou para hoje somente 200 foram abatidos. O frigorífico possui mais de dois mil funcionário. Além da paralisação, há uma votação para a presidência do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados de Campo Grande com disputa entre duas chapas.
A categoria reivindica folga aos sábados, participação nos lucros e melhoria do plano de saúde, segundo o Robson Larrea, um dos diretores do sindicato.
Ainda de acordo com Robson não há previsão de negociações com a diretoria da empresa que segundo ele teve os lucros aumentados em 52% de março pra cá.
Por conta da greve alguns funcionários alegam acumulo de função e pressão por parte do frigorífico. Segundo eles existem a ameaça de demissão por justa causa e fim de benefício como cesta-básica.
“Por falta de gente eu passei do meu horário de almoço, além ter de feito mais de uma função”, disse um desossador que preferiu não se identificar temendo alguma represália.
Confusão
Um tumulto na última sexta-feira (1) marcou o início da assembleia geral que decidiu greve que começou na última segunda-feira (4),
De acordo com vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados de Campo Grande Vilson Gimenes Gregório, em torno de 400 funcionários que chegavam ao serviço em 7 ônibus foram impedidos de saírem dos veículos para não participarem da assembleia.
Ainda segundo o vice-presidente do sindicato, os funcionários ficaram por volta de 30 minutos dentro dos ônibus e só começaram a sair depois que alguns funcionários tentaram quebrar as portas e saírem através das janelas.
Com isso as portas foram abertas e a assembleia foi feita no pátio da empresa.
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