Reunião entre FHC e presidenciáveis foi marcada pela cordialidade

O petista Luiz Inácio Lula da Silva recebeu a maior deferência após o encontro de ontem entre FHC e os presidenciáveis: Lula conversou sozinho com o presidente por mais de dez minutos. O teor da conversa não foi revelado. Lula disse que foi uma reunião “respeitosa e amistosa entre o presidente da República e um […]

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O petista Luiz Inácio Lula da Silva recebeu a maior deferência após o encontro de ontem entre FHC e os presidenciáveis: Lula conversou sozinho com o presidente por mais de dez minutos. O teor da conversa não foi revelado.

Lula disse que foi uma reunião “respeitosa e amistosa entre o presidente da República e um candidato da oposição”. E procurou demonstrar tranqüilidade e otimismo em relação ao quadro delicado da economia: “Este país, do tamanho que é, tem jeito!”, disse.

A cordialidade foi à tônica dos encontros, segundo os próprios candidatos. Ciro Gomes era o mais apreensivo, temia uma armadilha, segundo disse aos assessores. Saiu dizendo-se surpreso com a franqueza do presidente. Ciro considerou “cordial, respeitosa e formal” o que chamou de reunião de trabalho. A assessoria do candidato se apressou a desmentir um suposto mal-estar entre Ciro e Fernando Henrique. Os fotógrafos pediram, mas os dois se recusaram a apertar as mãos diante das câmeras.

O candidato do PSB, Anthony Garotinho, também considerou o encontro cordial, mas preferiu a ironia: “O presidente é um excelente diplomata!”, espetou. O ex-governador do Rio de Janeiro foi o único que não falou no Palácio do Planalto. Optou por um hotel para conversar com os jornalistas. Segundo ele, o encontro nada acrescentou e distribuiu um manifesto criticando o novo empréstimo acertado pelo governo com o FMI.

O candidato que dispôs de menos tempo com o presidente foi Serra. A conversa foi técnica, mas teve seu momento de descontração quando Fernando Henrique pediu lanche para todos. Fernando Henrique elogiou o encontro e disse que o clima foi de compreensão: “Uma conversa com espírito público, pensando no país. Prova de maturidade política e clareza” – concluiu.

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