Principal programa de patrocínio direto a esportistas do país, o teve o edital de 2023 publicado na última terça-feira. (31). Executada pelo Ministério do Esporte, a iniciativa é voltada para atletas de modalidades dos programas olímpico e paralímpico que tiveram destaque em competições no calendário de 2022.

As inscrições estão abertas até 17 de fevereiro e o processo de adesão e de envio de documentação é totalmente online, clicando aqui. O processo de indicação dos atletas elegíveis ao Bolsa Atleta é feito pelas entidades nacionais de administração do esporte, como confederações. O programa contempla atletas a partir dos 14 anos.

Atualmente, são seis as categorias de bolsa oferecidas pelo Ministério da Cidadania: Atleta de Base, Estudantil, Nacional, Internacional, Olímpico/Paralímpico e Pódio. O edital pode ser conferido neste link.

A partir da assinatura do termo de adesão, os contemplados recebem o equivalente a 12 parcelas do valor definido na categoria: Atleta de Base (R$ 370); Estudantil (R$ 370); Nacional (R$ 925); Internacional (R$ 1.850); Olímpico/Paralímpico (R$ 3.100) e Pódio (R$ 5 mil a R$ 15 mil).

O investimento federal estimado para o edital é de R$ 82 milhões. A previsão é de que a lista de contemplados seja divulgada entre os dias 11 e 15 de abril. Desde 2005, quando o Bolsa Atleta teve a primeira lista de contemplados divulgada, 81.443 esportistas já receberam o benefício.

Bolsa Atleta

Atualmente, há 6.419 contemplados pelo programa, entre as categorias Base (292), Estudantil (241), Nacional (4.794), Internacional (847) e Olímpica / Paralímpica (245). São 3.578 homens (56%) e 2.841 mulheres (44%). Os repasses mensais variam entre R$ 370 e R$ 3.100, de acordo com a categoria.

“Pretendemos com esse edital atingir o maior número de atletas dentro do território nacional e ajudar a garantir a oportunidade de que todos possam prosseguir em seus treinamentos e competições nas melhores condições”, afirmou Marta Sobral, secretária nacional de Esporte de Alto Desempenho do Ministério do Esporte.

O Bolsa Atleta conta, ainda, com a categoria Pódio, destinada a atletas de elite, posicionados entre os 20 melhores do mundo. Esta faixa prevê repasses de R$ 5 mil a R$ 15 mil mensais e tem edital separado, que foi publicado em dezembro de 2022. Combinando os dois editais, o investimento federal anual no programa supera R$ 120 milhões.

Relevância

A abrangência do Bolsa Atleta pode ser medida pelos resultados das seleções nacionais nas principais competições. Nos Jogos de Tóquio, por exemplo, 80% dos integrantes da delegação olímpica e 95% da paralímpica eram bolsistas.

Nos Jogos Olímpicos, o país conquistou 21 medalhas (sete ouros, seis pratas e oito bronzes), em 13 modalidades. O resultado significou a 12ª colocação no quadro de medalhas. Em 19 dos 21 pódios (90,45%), os atletas recebiam a Bolsa Atleta.

Nas Paralimpíadas, foram 72 medalhas (22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes) conquistadas, o que rendeu a sétima posição no quadro de medalhas ao Brasil. Os bolsistas representaram 68 dos 72 pódios conquistados: 94,4% do total.