Por causa da chuva forte, o gramado do estádio Hernando Siles ficou bastante encharcado e se tornando um rival a mais no primeiro tempo. Os chilenos, sem Vidal e Vargas, investiam nas bolas altas e os donos da casa nos chutes de longa distância para evitar as poças.

Até uma falta em Brereton começar a mudar a história do jogo. Alexis Sánchez bateu forte e surpreendeu o goleiro boliviano, aos 15 minutos. Em vantagem, o Chile cresceu e assumiu o comando da partida. Paulo Dias quase ampliou de cabeça e o chute de Brereton passou perto em bombardeio dos visitantes.

O Chile desperdiçou oportunidades e acabou castigado no primeiro ataque certo da Bolívia. Pulgar saiu jogando errado e Saavedra parou em milagre de Cortés, que espalmou para escanteio. Arce bateu rapidamente e o camaronês naturalizado boliviano Enoumba empatou, de cabeça.

A Bolívia voltou do vestiário mais disposta e quase virou com menos de um minuto. O artilheiro Marcelo Moreno acabou travado. Ainda desperdiçou outras quatro chances grandes, acertando a trave duas vezes, com Vaca e em uma cabeçada de Enoumba espalmada por Cortés e vendo o goleiro ainda fazer milagres em chutes de Moreno e Arce.

A Bolívia empatou quando era massacrada no primeiro tempo e sentiu o sentimento contrário na etapa final. Cansou de perder gols e acabou vazada. Sanchez cruzou para Isla, livre, rolar para trás para Nuñez colocar os chilenos novamente em vantagem.

Quando a Bolívia novamente esboçava uma reação, Sánchez ampliou com jogada individual e chute no canto do goleiro. O astro festejou agradecendo aos céus. Alívio? Nem bem comemoraram e os chilenos viram o artilheiro Moreno diminuir, de cabeça. Foi o 10° do goleador das Eliminatórias.

Seriam seis minutos de acréscimos angustiantes para ambos. Um precisava virar e o outro se segurar. Sánchez ainda carimbou o travessão cobrando falta e a defesa garantiu o triunfo importante atrás.